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porto velho, sábado 1 de fevereiro de 2025
BRASIL -Uma mulher tetraplégica ficou presa em um avião no aeroporto de Gatwick, em Londres, por mais de uma hora e meia depois que nenhum funcionário a ajudou a sair da aeronave. O caso foi registrado no último sábado (4).
Victoria Brignell é produtora de rádio e tem paralisia do pescoço para baixo. Ela voltava para casa após um feriado em Malta, sua segunda viagem ao exterior.
A passageira contou ao programa britânico Good Morning Britain que, logo após o pouso, um dos funcionários da companhia aérea foi até ela e informou que a equipe do aeroporto que a tiraria do avião iria demorar pelo menos 50 minutos.
“E então o tempo passou e me disseram que eles levariam mais meia hora, e no final eu fiquei presa por mais uma hora e 35 minutos”.
Victoria foi enfática ao dizer que era responsabilidade do aeroporto tirá-la do avião, não da equipe da British Airways, que ela afirmou ser brilhante.
"Foi muito frustrante e humilhante. Reservei o suporte com dois meses de antecedência, não era como se eles não estivessem me esperando, eles sabiam que eu estava chegando”.
Ao jornal britânico Metro, a produtora de rádio afirmou também que não foi a única afetada pela situação, já que o avião não pôde decolar até que ela fosse desembarcada, o que atrasou a próxima decolagem.
"Melhorar o serviço para pessoas com deficiência é importante porque melhora o serviço para todos".
O caso repercutiu nas redes sociais, principalmente no Twitter, em que amigos da vítima questionaram o ocorrido e publicaram uma foto de Victoria sentada em sua poltrona com o avião já completamente vazio. As postagens chegaram até a mobilizar a ex-baronesa paralímpica Tanni Grey-Thompson, que também criticou o descaso com a passageira.
Victoria foi retirada do avião por uma equipe da própria companhia aérea e disse que planeja registrar uma queixa oficial no aeroporto de Gatwick.
Um porta-voz do terminal se pronunciou e pediu desculpas pelo ocorrido, além de dizer que o tratamento recebido por Victoria foi inaceitável. O caso será investigado com urgência pelo aeroporto e pela Wilson James, empresa contratada por ele para ajudar passageiros com deficiência.