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    porto velho, sábado 1 de fevereiro de 2025

Crise econômica Argentina acende alerta no Brasil que pode sofre consequências graves

Apreensão entre fabricantes de calçados e automóveis que exportam para o vizinho aumenta junto com a crise


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Publicada em: 07/07/2022 15:01:06 - Atualizado

MUNDO: A escalada recente da crise argentina já causa inquietação no Brasil. Entre os fabricantes de calçados e veículos, os dois segmentos da indústria brasileira que ainda têm no país vizinho uma de suas freguesias mais importantes para além das fronteiras, essa angústia é mais aguda. Para alguns desses empresários, porém, chega a soar tão trágica quanto um tango.

Mas, bem diferente do que acontecia em outros tempos, desta vez os efeitos dos abalos que por lá levaram à substituição do titular do Ministério da Economia no último fim de semana devem ficar circunscritos a esses setores, na visão de especialistas que acompanham de perto a relação bilateral.

"A Argentina tem uma dívida equivalente a 80% de seu PIB e 90% dela é com o exterior", ressalta um economista que, de tão incerto sobre a saída para essa situação, prefere não ser citado. Segundo ele, nessa condição o país perde o controle sobre a sua própria moeda e, consequentemente, de sua economia.

Numa das medidas para contribuir para a recomposição de suas reservas, no início da semana passada o governo argentino estipulou o prazo de seis meses para o pagamento por importações. Para os fabricantes brasileiros de calçados, que têm na Argentina seu segundo maior mercado de exportação, esse foi o clímax da crise na relação. Eles se dividem hoje em três grupos.

O maior deles, segundo a coordenadora de Inteligência de Mercado da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Priscila Linck, é formado por aqueles que estão cancelando os pedidos feitos. Eles não têm condições de "financiar compulsoriamente" as compras de seus clientes por tanto tempo.


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