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porto velho, sábado 1 de fevereiro de 2025
MUNDO: Com bandeiras a meio mastro, o Japão amanheceu nesta segunda-feira (11) enlutado pelo assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, mesmo quando o partido no poder que ele fazia parte garantiu uma vitória eleitoral que dá a chance ao atual primeiro-ministro Fumio Kishida para cimentar seu próprio poder.
As pessoas que lamentavam a morte, incluindo a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, entraram em um templo em Tóquio para um velório particular para Abe na noite desta segunda-feira, no horário local, três dias depois de ele ter sido morto a tiros em um comício eleitoral.
“Há um profundo sentimento de tristeza por sua perda”, disse Yellen a repórteres do lado de fora do templo.
O suspeito, identificado pela polícia como Tetsuya Yamagami, de 41 anos, acredita que Abe promoveu um grupo religioso ao qual sua mãe fez uma “grande doação”, disse a agência de notícias Kyodo, citando fontes investigativas.
A Igreja da Unificação, um grupo controverso conhecido por seus casamentos em massa e seguidores dedicados às vezes pejorativamente chamados de “Moonies”, disse nesta segunda-feira (11) que a mãe do suspeito era um de seus membros.
Nem Abe, nem Yamagami, eram membros da igreja, disse Tomihiro Tanaka, presidente da filial japonesa da igreja, oficialmente chamada de Federação da Família para a Paz Mundial e Unificação.
Abe também não era um conselheiro da igreja, disse Tanaka, acrescentando que cooperaria com a polícia se solicitado a fazê-lo.
A Reuters não conseguiu entrar em contato imediatamente com a mãe de Yamagami e não conseguiu determinar se ela pertencia a outras organizações religiosas.