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    porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024

Rayssa Leal encara expectativa por medalha de forma leve e afirma: 'Vou me divertir'

Uma das principais estrelas do esporte brasileiro, a skatista lutará pelo lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas de Paris


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Publicada em: 26/07/2024 16:44:13 - Atualizado


Um fenômeno do esporte brasileiro e mundial. Assim podemos definir a skatista Rayssa Leal, que com apenas 16 anos chega aos Jogos de Paris 2024 como uma das grandes estrelas do evento. Após conquistar a prata em Tóquio 2020, a atleta agora vai em busca de sua segunda medalha olímpica, e quer o lugar mais alto do pódio.

Em entrevista exclusiva ao iG Esporte, Rayssa relembrou a sua última participação nas Olimpíadas, quando tinha 13 anos, e admitiu que não se deu conta, na época, da grandeza dos Jogos. Ela também explicou como encara a pressão de chegar em Paris como referência em sua modalidade.

“Em Tóquio, eu não tinha muito a real do tamanho que era uma Olimpíada. Fui para lá, era a primeira vez do skate nos Jogos, dei o meu melhor e a medalha veio! Eu tento lidar com a pressão de uma forma leve e busco sempre ver o lado positivo das coisas. Independentemente do resultado, eu vou dar o meu melhor em Paris e me divertir!”, afirmou Rayssa Leal.

E por falar em pressão, a skatista revelou ter um trunfo, que desempenha papel fundamental no sentido de aliviar um pouco da responsabilidade que ela carrega. A atleta vê na família e na equipe o seu porto seguro.

“O que me ajuda mesmo a aliviar a pressão é a presença principalmente da minha família e do meu time. Espero conseguir estar com eles em algum momento (durante as Olimpíadas), porque faz muita diferença para mim. São as pessoas que estão comigo no dia-a-dia durante todos esses anos de preparação. Então, o abraço deles faz muita diferença para mim”, pontuou.

Vale lembrar que Rayssa solicitou a presença de sua mãe para acompanhá-la na Vila Olímpica de Paris, mas seu pedido não foi aprovado. O COB (Comitê Olímpico do Brasil), no entanto, irá disponibilizar uma acompanhante para a atleta. A pessoa designada para a função será uma colaboradora do próprio comitê.

“Não tem uma adversária em específico, porque todas as meninas que estão indo podem ganhar. E tenho certeza que o público vai ver uma competição com um nível muito alto de skate feminino, com altas manobras”, cravou.

Prós e contras de uma carreira de sucesso
Outro tema abordado por Rayssa Leal foi o sacrifício que todos os atletas de alto rendimento precisam fazer para ter uma trajetória bem-sucedida. Recentemente, a skatista chegou a dizer que não é fácil perder parte da adolescência por conta das viagens e tantos compromissos profissionais. Porém, a atleta fez questão de esclarecer que tem plena consciência de que isso “faz parte do processo”.

“O pessoal tirou um pouco do contexto essa questão da perda da adolescência. Em qualquer esporte que você pratique profissionalmente, você terá que abrir mão de muitas coisas para ir atrás do seu sonho e isso desde cedo, o que é diferente às vezes de outras profissões. Faz parte do processo. Eu perco um pouco sim, mas tenho recompensas do outro lado, como skatista, que foi o que escolhi para minha vida e tenho o privilégio de ter muitas conquistas desde cedo. Não posso reclamar”, analisou.

Perdendo ou não um pouco da adolescência, o fato é que Rayssa terá, após os Jogos Olímpicos de Paris, um tempo para focar em outras atividades que não estejam necessariamente ligadas às competições, como por exemplo a sua “vídeo part”, que é a gravação de imagens mais descontraídas da prática do skate nas ruas, junto aos amigos, contemplando as manobras, mas sem tanta responsabilidade. O objetivo é fazer com que a captação de tais imagens vire um filme. A atleta, no entanto, ainda não tem uma previsão de quando o projeto será lançado.

“Eu começo a gravar minha “vídeo part” depois dos Jogos. Uma “vídeo part” pode demorar dois anos, ou até mais, para ser lançada. Então ainda não sabemos quando conseguiremos lançar”, explicou.

A “vídeo part”, aliás, é vista por Rayssa Leal como uma meta a ser conquistada, mas, é claro, não a única. Quando questionada sobre os sonhos que ainda pretende realizar, ela foi precisa:

“Só tenho 16 anos, então eu vou crescendo e tendo novos sonhos, porque não vou parar de sonhar nunca”, concluiu Rayssa.


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