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porto velho, terça-feira 25 de março de 2025
BRASIL: A Polícia Federal (PF) de Campinas (SP) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público (MP), fazem, na manhã desta segunda-feira (24), uma operação em quatro estados contra uma quadrilha especializada em roubo violento de cargas e caminhões, além de desmanche, receptação e lavagem de dinheiro. Segundo a investigação, o grupo tinha "padrão luxuoso de vida". Uma Ferrari e R$ 534,8 mil foram apreendidos em Jandira (SP).
No total, são cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 24 de busca e apreensão em municípios de São Paulo, Paraná, Rondônia e Rio Grande do Sul [veja abaixo]. Pelo menos 110 policiais federais e 100 policiais militares foram envolvidos na força-tarefa. A Justiça autorizou, ainda, o sequestro de bens e valores ligados à organização criminosa que totalizam R$ 70 milhões.
A investigação, conduzida por um grupo especializado de repressão a roubo de cargas da Delegacia da Polícia Federal de Campinas, começou após em 2023 após um assalto em Cajamar (SP).
A PF constatou que a quadrilha atuava em vários estados do Brasil e os chefes ostentavam, com os valores roubados, um padrão de estilo de vida elevado com compras de veículos de montadoras como Ferrari, Lamborghini, além lanchas, jet ski, imóveis de alto padrão e presença em camarotes VIP de eventos.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o grupo participou de pelo menos 49 roubos violentos de cargas entre 2021 e 2024.
O material apreendido será encaminhado à Delegacia da Polícia Federal. Além da Ferrari e dos R$ 534,8 mil, também foram encontradas armas, joias, mais dinheiro em espécie, entre real, euro e dólar, e outros veículos. Em Vilhena (RO), a corporação apreendeu carcaças de caminhões roubados. Até às 8:50, 16 mandados de prisão tinham sido cumpridos.
A organização criminosa usava empresas de peças e manutenção para se dedicar à receptação e venda de caminhões, equipamentos e motores roubados. A quadrilha encomendava roubos específicos com o modelo de carreta que desejavam - o foco era marcas suecas.
A investigação identificou três núcleos: roubo, desmanche e receptação. Parte dos criminosos que atuava nos roubos e dois receptadores já havia sido presa em outras operações voltadas a este tipo de crime.
O nome da operação, "Hammare" (martelo, em sueco), faz uma referência ao principal instrumento do grupo para acesso aos veículos e também à preferência pelas marcas. Segundo a PF, eles quebravam os vidros enquanto os motoristas descansavam.
Quatro investigados já haviam sido presos em outras duas operações.