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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
Mais de 10 adolescentes fugiram de um Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Goiânia, após fazerem dois educadores reféns, na segunda-feira (8). De acordo com a direção do Grupo Executivo de Apoio à Criança e Adolescente (Gecria), os servidores tiveram ferimentos leves e já passaram por exame no Instituto Médico Legal (IML).
Segundo apurou a TV Anhanguera, 14 menores fugiram, três deles já haviam sido capturados até a manhã desta terça-feira (8). A diretora do Gecria, Luzia Dora Juliano Silva, informou que o órgão ainda não tem conhecimento sobre como ocorreu a fuga, e vai apurar as circunstâncias do fato para encaminhar o caso para o Juizado da Infância e Juventude.
“Vamos instaurar o procedimento para investigar se houve facilitação. Primeiro são tomadas as medidas administrativas, vamos aguardar o relatório chegar para gente, para fazermos a comunicação ao Juizado e apurar o que houve de fato. Felizmente, ao que nos foi repassado, não foi ferimento grave”, disse.
O caso ocorreu na noite de segunda-feira, no Conjunto Vera Cruz I, na região oeste de Goiânia. Internos usaram pedaços de ferro para agredir educadores e fugir. Além das barras de ferro, educadores encontraram uma corda feita com pedaços de pano, para facilitar a fuga.
Unidade, com capacidade para 160 menores, estava com 174 internos no momento da fuga, conforme informaram funcionários da unidade.
Em nota, a Secretaria Cidadã confirmou que o Gecria "solicitará a instauração de Procedimento Administrativo para apurar o fato ocorrido no CASE de Goiânia."
"A Secretaria Cidadã esclarece que, o Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) passou por ampla reforma e adequação, em fevereiro de 2017 dentro dos parâmetros arquitetônicos estabelecidos pela legislação. Portanto, a Unidade tem todas as condições estruturais e técnicas para receber adolescentes durante o cumprimento de medida socioeducativa aplicada", diz a nota.
Confome o órgão, o Case "teve um investimento na ordem de R$ 3 milhões, que contou com a construção de um novo pavilhão de segurança; cobertura da quadra poliesportiva; ampliação da ala feminina, com sanitários nos alojamentos duplos; ampliação no número de salas de aulas e de atendimento técnico; construção de duas salas para o descanso dos servidores, e demais reformas".
Nas duas primeiras semanas do ano, fugas e três rebeliões foram registradas também no Sistema Prisional de Goiás. No dia 1º de janeiro, uma rebelião na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia deixou nove detentos mortos, 14 feridos e mais de 200 conseguiram foragidos. Na quinta-feira (4), um segundo motim terminou com uma fuga. Até a tarde de segunda-feira, 75 presos continuavam foragidos.
Em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, 11 presos fugiram. A fuga deles foi gravada por colegas de celas. Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), o preso responsável pela limpeza do corredor e fornecimento de alimento serrou os cadeados de uma cela e da grade de contenção do pavilhão. Entre os que escaparam, um foi recapturado.