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    porto velho, quarta-feira 6 de agosto de 2025

Menina relata estupro de ‘avô’, exame confirma e suspeito segue solto

Além disso, a criança fez o exame corporal, o qual o BHAZ teve acesso, e que confirma que a menina sofreu lesões nas partes íntimas.


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Publicada em: 27/04/2021 10:31:39 - Atualizado


BRASIL: Mais um chocante caso de estupro de vulnerável ocorreu em Minas Gerais, desta vez em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte. A criança, de apenas três anos, relatou para os familiares que o marido da avó paterna, 56, supostamente a abusou sexualmente enquanto brincavam na casa do casal. A família da vítima relata ter denunciado o caso no dia 29 de março. Além disso, a criança fez o exame corporal, o qual o BHAZ teve acesso, e que confirma que a menina sofreu lesões nas partes íntimas. Entretanto, eles reclamam da demora no andamento do caso, uma vez que a criança ainda não passou pela escuta especializada.

Na ocasião, a menina de três anos conversava com essa avó e com a tia, e começou a contar sobre uma brincadeira feita com o marido da avó paterna, a quem ela considera como avô. Segundo a criança, ela não havia gostado da tal brincadeira. Ao BHAZ, o avô materno da garota, Roberto Mariano, contou que a filha teve a ideia de começar a filmar o que a neta relatava, já que sentiu que a menina poderia contar alguma violência por parte do marido da avó paterna.

A reportagem teve acesso ao vídeo, o qual a garotinha conta, de maneira despretensiosa o que teria acontecido entre ela e o avô postiço. Ela relata o que o homem de 56 anos teria feito, e que aquilo a fez chorar. Assustadas, a avó materna, que a segura no colo, e a tia pedem para a criança dizer mais detalhes, ao que ela rebate dizendo que “é muito educada”, como uma desculpa para não falar mais sobre o assunto. Avó e tia contornam o diálogo com a criança, mostrando que seria seguro que ela relatasse e, por fim, a menina dá detalhes do ocorrido. Ela também afirma que o ato acontece quando a mãe sai, e ela e o suspeito ficam sozinhos.

Criança dá detalhes do abuso

A menina de três anos pede para que as parentes não contem o caso para a avó paterna, que é esposa do homem que supostamente a abusou, e faz um “juramento de dedinho”, costumeiro entre as crianças, para que avó e tia não contassem o “segredo”. Segundo Roberto Mariano, a família da vítima morava com o casal em Vespasiano, o que explica o crime acontecer no momento em que a mãe da garotinha saía da casa. Ainda no relato dado pela menina, ela diz que o que o avô postiço faz a machuca e afirma, de maneira inocente, que “dá vontade de esmagar ele” quando o ato acontece.

Ao final do vídeo, a criança de três anos não consegue dar mais relatos precisos sobre o que aconteceu, uma vez que ela tem apenas três anos e não consegue se comunicar com clareza como os adultos fazem. A avó, que aparece no vídeo, começa a chorar ao entender que a neta havia sofrido abuso sexual. Com isso, Roberto Mariano contou que a esposa foi até a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) para realizar a denúncia. Entretanto, como era domingo, a instituição estava fechada.

Exame corporal apontou lesões

A avó da garotinha pediu orientação para um Tático Móvel da Polícia Militar, e os policiais a aconselharam a levar o vídeo do relato para a Delegacia Noroeste da Polícia Civil. Lá, as autoridades aconselharam que a criança fosse levada ao Hospital Odilon Behrens, a fim de realizar um exame corporal e receber o atendimento assistencial social. “Os pais dela chegaram lá [no hospital] e falaram que era suspeita de abuso, aí passaram por uma assistente social, e a assistente social encaminhou para uma clínica, aí na clínica examinaram e deram o laudo”, disse Roberto Mariano.

Roberto Mariano relatou que no dia seguinte, 29 de março, a mãe, a tia e a avó materna da criança foram novamente até a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente para registrar o caso. Após ouvir a mãe da menina, os policiais responsáveis registraram a ocorrência como “infrações contra a dignidade sexual e à família”. O marido da avó paterna foi qualificado como suspeito, e a Depca encaminhou o caso para a Delegacia de Polícia Civil de Vespasiano.

O avô da criança disse que a avó paterna está em negação da situação, e não acredita que o marido tenha cometido o crime. Com isso, alguns familiares estão preocupados com a demora do andamento do caso, pois eles têm medo de que a menina volte a frequentar a casa do suspeito ou que ela seja manipulada. “Eu achava que a psicóloga [escuta especializada da polícia] iria escutar ela muito rápido, e não, demora.


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