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Estudante de 19 anos é morta a tiros, e namorado é preso após denúncia do próprio pai

De acordo com a investigação, Joana deu entrada na madrugada de sábado no Hospital Tachini, com ferimentos no tórax resultante de um disparo de arma de fogo.


uol

Publicada em: 19/07/2021 20:39:28 - Atualizado

Um jovem de 19 anos foi preso no sábado (17) suspeito de matar a tiros a namorada, a estudante de psicologia Joana Fabris Deon, da mesma idade. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, ele teria simulado um assalto após buscar socorro médico para a vítima, mas acabou denunciado pelo próprio pai. O caso ocorreu em Bento Gonçalves, a 123 km de Porto Alegre.

De acordo com a investigação, Joana deu entrada na madrugada de sábado no Hospital Tachini, com ferimentos no tórax resultante de um disparo de arma de fogo. O namorado dela, identificado como Paulo Eduardo Scaravonatto, declarou à BM (Brigada Militar) e à Polícia Civil que a vítima reagiu a um assalto na rua, sendo baleada.

O suspeito foi liberado após o caso ser registrado como latrocínio. Mas horas depois, segundo a delegada Deise Ruschel, o pai do namorado da vítima procurou a Polícia Civil para contar a verdade sobre a autoria da morte de Joana, que seria de Paulo.

A Polícia Civil e a BM confirmaram a versão do pai ao identificarem a presença de sangue na casa do suspeito. Além disso, depoimentos de testemunhas reforçaram a declaração do homem. As provas resultaram na prisão preventiva do namorado após pedido da investigação.

"O pai disse que não se tratava de um roubo e que era mentira a versão. Falou que o filho teria matado a moça. A partir daí, mudamos o delito para feminicídio e passamos a realizar a investigação, com perícia no local e nas imediações", comentou Deise Ruschel, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher.

A arma que matou Joana era de calibre 38 e estava legalizada em nome de Paulo. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito está desempregado e namorava há dois meses com Joana. O UOL falou por telefone com a advogada Manuela Almeida, que atua na defesa dele. A defensora pediu que o contato fosse finalizado por e-mail. A reportagem aguarda o retorno.


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