PORTO VELHO - RO- Viagens para o exterior e destinos paradisíacos no Brasil, jantares badalados, festas animadas e troca de carros de luxo várias vezes no ano. Assim era a vida que o advogado Rodrigo Tosta Giroldo ostentava para a sociedade rondoniense.

Preso no Paraná após ter mandado de prisão expedido pela justiça de Rondônia, Giroldo como é conhecido se apresentou à uma delegacia e será transferido para Porto Velho em data mantida sob sigilo. A polícia descobriu um suposto plano para matar o advogado, que estaria sendo planejado por algumas vítimas. E pelo menos 18 se apresentaram à polícia.

Conversei com algumas pessoas que preferem manter-se no anonimato, e elas confidenciaram que o advogado vivia numa ciranda de dívidas, pegando dinheiro à juros de 20% com agiotas, e gastando com festas e jantares caros.

Logo que o caso foi revelado por PAINEL POLÍTICO, a namorada de Giroldo divulgou um comunicado em seu perfil numa rede social afirmando ter se afastado dele por ‘não concordar com suas atitudes’, e insinuou que estava registrando ocorrências por estar sofrendo ameaças.

Giroldo era bem relacionado na sociedade rondoniense. E esse foi um dos motivos de seus golpes terem tido sucesso. Uma das vítimas me disse que ‘sequer desconfiou quando foi procurado para entrar num processo para receber créditos judiciais’. Giroldo prometia ganhos de até 30% nessas ações fraudulentas.

Outra pessoa me disse que chegou a frenquentar alguns jantares promovidos por Giroldo em sua residência, ‘era jantar ostentação, com vinhos, whisky, bebidas caras e conversas sobre viagens. Festas que iam até de manhã. E na garagem, sempre um carro novo’.

Depois que o caso foi revelado, a casa do advogado, que é alugada, foi arrombada e vários objetos estavam faltando. Havia ainda um carro na garagem, mas de acordo com informações, ele tinha dois veículos.

Rodrigo Giroldo será ouvido quando chegar em Porto Velho, e encaminhado ao presídio. Ele está com sua OAB suspensa e perdeu as prerrogativas. O advogado integrava os quadros da Ordem como conselheiro estadual suplente, era professor e ministrava palestras.

Antes de ‘sumir’, o advogado apagou suas redes sociais e de seu escritório de advocacia. Talvez já prevendo a enxurrada de denúncias.