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    porto velho, quarta-feira 18 de junho de 2025

PGR denuncia mais 150 envolvidos nos atos extremistas de 8/1; total chega a 1.187

Para propor as ações penais, os procuradores analisaram de forma individualizada os indícios de autoria dos crimes


R7

Publicada em: 20/03/2023 17:40:11 - Atualizado


BRASIL - A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou à Justiça nesta segunda-feira (20) mais 150 denúncias contra envolvidos nos atos extremistas de 8 de janeiro em Brasília. No grupo, estão 16 acusados de ser executores e 134 identificados como incitadores dos crimes. O total de denunciados agora é de 1.187.

Para propor as ações penais, a PGR analisou de forma individual os indícios de autoria dos crimes. "As denúncias estão sendo elaboradas de acordo com a individualização das condutas e enquadradas na respectiva moldura penal, de forma a permitir que a acusação seja feita de acordo com a gravidade dos atos cometidos pelo denunciado, no contexto e na medida em que foram praticados", disse a instituição em nota.

Entre os denunciados nesta segunda-feira, os 16 acusados de ser executores foram presos em flagrante no interior do Palácio do Planalto, em Brasília. Após a audiência de custódia, eles tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como o uso de tornozeleiras eletrônicas.

    Os outros 134 supostos incitadores foram presos em flagrante no dia seguinte aos atos de vandalismo, quando estavam nas proximidades do Quartel-General do Exército, também em Brasília.

    Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos casos, esclareceu que todos os processos dos presos por envolvimento nos atos extremistas de 8 de janeiro levam em conta a conduta individual.

    A invasão dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto por extremistas neste domingo (8) em Brasília deixou um rastro de destruição no patrimônio público e em obras de artes. Uma delas foi o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, que foi rasgado em seis lugares.

    A obra, de 1962, ficava no terceiro andar do Palácio do Planalto. Avaliada entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, a tela é uma das mais importantes do artista que foi um dos ícones do Movimento Modernista da década de 1920

    "Que fique claro que o STF está analisando de forma detalhada, individualizada, para que, de forma rápida, aqueles que praticaram crime tenham sanções e quem não praticou seja solto e absolvido. Nós dissemos isso, o STF irá realizar justiça isenta e imparcial para que isso não se repita", disse Moraes.


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