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    porto velho, quarta-feira 18 de junho de 2025

TRF manda soltar, e juiz da Lava Jato decreta nova prisão de Youssef

Juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, revogou ordem de prisão decretada nesta segunda-feira (20).


G1

Publicada em: 21/03/2023 16:06:07 - Atualizado


BRASIL -O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, decretou nesta terça-feira (21), pela segunda vez em menos de 24 horas, a prisão do doleiro Alberto Yousseff. A defesa do investigado disse que vai recorrer.

Nesta terça, o magistrado revogou a ordem judicial que ele próprio assinou e que foi cumprida contra o investigado. Depois, emitiu um novo decreto, com novos argumentos, determinando a prisão preventiva.

Desde a noite desta segunda o doleiro está preso em Curitiba. Mais cedo, ele foi detido em Itapoá, Santa Catarina, alvo do primeiro decreto de prisão.

No primeiro mandado contra Yousseff, o juiz, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, argumentou que o doleiro deveria voltar ao regime fechado por ter dívidas com a Receita e caráter voltado a "crimes do colarinho branco". 

Após o cumprimento da prisão, o advogado de defesa do doleiro, Luis Gustavo Flores, protocolou um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O pedido chegou a ser acatado pela Justiça nesta terça.

O preso foi submetido a uma audiência de custódia na tarde desta terça. O documento que resume a sessão cita que o Appio determinou a revogação da ordem de prisão assinada por ele e, em seguida, já emitiu decreto semelhante.

Dessa forma, o habeas corpus concedido pelo TRF-4, com base no primeiro decreto de prisão, perde o efeito.

No segundo decreto de prisão contra Yousseff, o juiz argumenta que a prisão preventiva é necessária diante de seríssimos indícios de que o doleiro tenha cometido novos ilícitos, entre eles a sonegação da Justiça e da Receita de informações sobre bens.

"As novas práticas delitivas não foram objeto de qualquer acordo de colaboração no passado, sendo certo que o investigado não possui uma espécie de carta branca ou blindagem para o cometimento de crimes", afirmou o magistrado na audiência de custódia.

Diante da nova ordem de prisão, a defesa de Yousseff afirmou que ingressará com novo pedido de soltura.


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