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    porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024

Polícia Federal diz que vai usar discurso de Bolsonaro em ato na Av. Paulista em investigação sobre golpe

Investigadores acreditam que discurso feito no domingo (25) corrobora com outras evidências que a tentativa golpista tinha “anuência e atuação de Bolsonaro”


cnn

Publicada em: 26/02/2024 10:52:45 - Atualizado

Fontes ligadas à investigação da Polícia Federal (PF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado afirmam que um trecho do discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a minuta golpista vai constar no inquérito.

Para a PF, na fala, o ex-presidente teria admitido o conhecimento de um documento de teor golpista.

No trecho em questão, o ex-presidente buscava negar o planejamento de golpe.

“Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha a santa paciência”, disse.

Investigadores acreditam que o discurso corrobora com outras evidências que a tentativa golpista tinha “anuência e atuação de Bolsonaro”.

Ainda sobre uma possível tentativa de golpe, o presidente defendeu também a constitucionalidade do estado de sítio, embora tenha afirmado que não houve uso da medida durante seu governo.

“Deixo claro que estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da defesa. Isso foi feito? Não. Apesar de não ser golpe, o estado de sítio não foi convocado por ninguém dos conselhos da República e da Defesa para se tramar ou para se botar no papel a proposta do decreto do estado de sítio”, afirmou.

“O segundo passo do decreto do estado de sítio, após o presidente ouvir os conselhos, ele manda uma proposta para o Parlamento. Essa proposta é analisada pelo Parlamento e é o Parlamento quem decide se o presidente pode ou não editar um decreto de estado de sítio”, continuou Bolsonaro.

“O estado de defesa é semelhante. Ou seja, agora querem entubar a todos nós que um golpe usando dispositivo da Constituição, cuja palavra final quem dá é o Parlamento brasileiro, estava em gestação”, acrescentou

Na última quinta-feira (22), Bolsonaro e outros 22 investigados prestaram depoimento à PF. O ex-presidente usou o direito de ficar em silêncio.


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