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Rosani Donadon perde para soma dos votos brancos, nulos e abstenções


Rondonoticias

Publicada em: 04/06/2018 11:28:32 - Atualizado


VILHENA: Uma das últimas pedras que sustentava o clã político que responde ao maior número de processos do estado de Rondônia desmoronou neste domingo, 03, na eleição suplementar que escolheu o novo prefeito de Vilhena. Rosani Donadon, esposa do líder Melki, não só perdeu a eleição para o principal grupo da oposição, como viu a popularidade que restava à família ser sucumbida pelo grande número de votos nulos, brancos e abstenções, que somados chegaram a 21.345, contra 15.933 votos de Rosani. Foram 1.520 brancos, 5001 nulos e 14.824 eleitores que preferiram a multa do TRE/RO, mas sequer saíram de casa para votar.

O resultado da eleição de domingo próximo passado mostra que o eleitor de Vilhena está cansado da insegurança jurídica no que diz respeito a administração municipal e aposta em uma opção que reúne a força empresarial e da agricultura, contra a máquina da assistência social, que tem mantido os Donadons no poder há muitos anos.

Cassada pelo TSE e com indeferimento de sua candidatura, Rosani insistiu em manter-se na disputa, concorrendo sob júdice (apoiada em uma liminar). Casado do entra e sai da prefeitura, que faz o município estagnar administrativamente enquanto as questões políticas tramitam na justiça, o povo resolveu dar um basta. Mais do que isso, resolveu demonstrar que está cansado da politicagem que nos últimos anos toma conta da cidade.

Com membros da família condenados, preso (Marcos Donadon) e ou usando tornozeleira eletrônica (Natan Donadon) a população de Vilhena tenta o novo com a eleição de Eduardo Japonês, esperando não se decepcionar, como o acontecido com ex-prefeito José Luiz Rover, que abacou o seu mandato preso, condenado a 55 anos de prisão por liderar uma organização criminosa na Secretaria de Comunicação Municipal, em 2014. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (1°) e é assinada pelo juiz de direito Adriano Lima Toldo, do Fórum de Vilhena.

Com a derrocada de Rosani Donadon, o clã vilhenense, que ainda contou com uma rápida passagem do ex-prefeito Marlon Donadon, que responde por improbidades, ainda se mantém representado na política estadual, pela deputada Rosângela, que é esposa do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Marcos Donadon, que depois de condenado, ficou foragido por mais de um ano, mas está preso em Porto Velho cumprindo pena por corrupção.

Em seu primeiro mandato legislativo, Rosangela tentará a reeleição em outubro. Agora filiada ao PDT (se elegeu em2014 pelo PMDB), fará uma dobradinha com Melki Donadon, que é pré-candidato a Deputado Federal, também pelo PDT, buscando ocupar a cadeira que pertencia ao irmão, Natan, que depois de ter sido o primeiro deputado brasileiro preso em pleno exercício do mandato, hoje cumpre pena em prisão domiciliar, usando tornozeleira eletrônica.

Caberá, novamente ao eleitor vilhenense e da região do cone sul do estado de Rondônia decidir pelo renascimento do clã Donadon ou pela sua extinção. Se elegerem Melki e Rosângela, tudo recomeça, caso contrário, pode ser a pá de cal em uma carreira de políticos muitas vezes contestada pelos eleitores e condenados pela justiça.



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