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    porto velho, sexta-feira 26 de julho de 2024

TSE suspende julgamento sobre cassação de Moro e adia análise para 21/5

O julgamento de Moro no TSE abrirá precedente sobre a atuação da Justiça Eleitoral


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Publicada em: 16/05/2024 11:14:55 - Atualizado

BRASIL: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a julgar, nesta quinta-feira (16), ações que pedem a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil). O julgamento foi suspenso e será retomado em 21 de maio. Os processos, analisados em conjunto, apontam abuso de poder econômico, uso de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação durante a pré-campanha eleitoral de 2022.

Na sessão desta quinta, houve a leitura do relatório das ações. Para a próxima terça-feira, os advogados de acusação e defesa vão se manifestar. Logo depois, o MPF vai apresentar parecer, seguido dos votos dos ministros.

O julgamento de Moro no TSE abrirá precedente sobre a atuação da Justiça Eleitoral quando houver gastos de candidatos no período anterior à campanha eleitoral.

Na semana passada, o relator, ministro Floriano Marques, liberou para julgamento os recursos apresentados contra a decisão do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) que rejeitou a cassação do mandato do senador no último dia 9 de abril. 

O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, deixa o tribunal no dia 3 de junho. A ministra Cármen Lúcia assume a presidência e a cadeira vaga será do ministro André Mendonça.

Um dos recursos contra a decisão do TRE-PR foi apresentado pela Federação Brasil da Esperança (formada pelos partidos PT, PV e PCdoB) e aponta equívocos cometidos na análise das provas dos autos pelo desembargador Luciano Falavinha. A federação diz que a corrida eleitoral de Moro foi impulsionada com abuso de poder econômico.

O advogado da federação, Luiz Eduardo Peccinin, diz que a decisão do TRE-PR toma premissas equivocadas para desconsiderar quase integralmente o dinheiro gasto por Moro. “Mais, divide a pré-campanha de Moro ignorando que o próprio senador confessou publicamente que empreendia um ‘projeto nacional’ que naufragou e, portanto, assumiu os riscos de gastar como um candidato a presidente e violar a paridade de armas eleitoral”.

No dia 7 de maio, a Procuradoria-Geral Eleitoral defendeu a rejeição dos recursos. O documento tem 72 páginas e é assinado pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa Bravo Barbosa.

No documento de 72 páginas, o vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa Bravo Barbosa afirma que as condutas de Moro estão amparadas na Lei das Eleições, que possibilita a antecipação do debate político, mesmo fora do período eleitoral. O procurador também aponta uma ausência de provas para comprovar suposta conduta ilícita do senador.


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