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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: Após uma série de confusões envolvendo deputados na última quarta-feira (5), líderes partidários querem discutir os casos de violência com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O movimento ocorre após uma briga generalizada no Conselho de Ética. A tensão ocorreu na tarde de quarta, durante a análise de um processo contra o deputado André Janones (Avante-MG).
A ação acabou arquivada pelo colegiado. Houve diversos episódios de confusão antes e após o anúncio do resultado.
À CNN, o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), líder do PP na Câmara, afirmou que o comportamento dos deputados que participaram da confusão é “incompatível com o parlamento”. Ele disse que o tema será debatido com Lira na próxima reunião de líderes, que deve ocorrer na terça-feira (11).
A necessidade de debater o assunto também foi mencionada pelo deputado Marcio Jerry (PCdoB-MA), líder do PCdoB. “O que aconteceu ontem e tem acontecido em outros momentos degrada o ambiente parlamentar, que precisa de debates democráticos respeitosos, civilizados”, afirmou o deputado à CNN.
Jerry também disse que conversou sobre o tema com a bancada do partido e que levará o assunto a Lira na próxima semana. “Achamos necessário dar um basta nesse baixíssimo nível que avilta o papel da Câmara”, afirmou o líder.
Na quarta-feira, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), que tem 89 anos, precisou ser hospitalizada após passar mal durante uma sessão na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Imagens transmitidas pela TV Câmara mostram o momento em que Erundina defendia seu relatório sobre um projeto de lei sobre centros de tortura na ditadura militar.
Durante a sessão, houve um embate entre governistas e opositores que defendiam o regime.
Em uma rede social, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), líder do PSOL na Câmara, afirmou que a quarta-feira foi marcada por “uma escalada de violência”. No mesmo dia, ela foi alvo de ataques do deputado Nikolas Ferreira após se envolver em uma briga com Júlia Zanatta (PL-SC).
“Enquanto líder do PSOL, exijo providências do presidente Arthur Lira. A paz para trabalhar e o fim da violência cotidiana nessa Casa não é objeto de negociação, de toma-lá-dá-cá ou moeda de troca. É o básico que se espera de um parlamento que tem o dever de trabalhar pelo povo brasileiro”, escreveu Erika.