Fundado em 11/10/2001
porto velho, quinta-feira 5 de junho de 2025
PORTO VELHO (RO) - Mesmo se tratando de um estado com a maioria absoluta de apoiadores nas urnas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não encontrará terreno fácil para eleger os senadores do PL em Rondônia, ao contrário do que muitos, e até ele próprio já imagina.
O fato é que a frente montada por Bolsonaro no PL de Rondônia que já se desenha com os nome de Bruno Sheidt e Fernando Máximo pode acabar sendo ofuscada pela chapa que se alinha na fusão União PP e que irá colocar na disputa eleitoral nada mais, nada menos, que Marcos Rocha e Silvia Cristina.
Embora os quatro nomes sejam declaradamente aliados de Bolsonaro, a não eleição dos senadores do PL, em especial de Bruno Sheidt será considerada uma grande perda para o ex-presidente em Rondônia, à exemplo do que já aconteceu na capital do Estado em 2024, quando Jair e Michele vieram pessoalmente pedir votos para a candidata que perdeu o pleito.
Somando forças, recursos, carisma e influência, Marcos Rocha e Silvia Cristina possuem todo o potencial para juntos alcançarem as duas cadeiras ao Senado que estão em jogo.
Concorrendo em uma aliança que representa o “centrão”, Rocha e Cristina terão mais abertura com todos os espectros ideológico, ao contrário do que irá acontecer a dupla do PL, que ficará restrita ao eleitorado da direita, fator que pode pesar na contagem final do votos, tal qual aconteceu no pleito majoritário de 2022.
Por essas é outras, é melhor Bolsonaro não dar as favas como contadas, caso contrário terá de abraçar seus apoiadores eleitos por outro partido com sorriso amarelo no rosto.