Fundado em 11/10/2001
porto velho, terça-feira 17 de junho de 2025
PORTO VELHO-RO: Retido em Tel Aviv, Israel, em razão da escalada de tensão entre Irã e Israel, o governador de Rondônia, Marcos Rocha-UB, terá uma agenda política turbulenta assim que retornar ao Brasil. O cenário é de crise interna no Palácio Rio Madeira.
A primeira missão será conter os impactos da coletiva de imprensa concedida pelo ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves e o irmão deste, Sérgio Gonçalves, que expuseram fragilidades na estrutura do governo e o vice-governador pediu a exoneração do Chefe da Casa Civil. O episódio agravou divisões internas e acendeu alertas entre aliados e opositores.
Além disso, Rocha, mesmo cansado, terá de enfrentar o desgaste causado pelas denúncias de suposto favorecimento da Secretaria de Comunicação (SECOM) a sites considerados fantasmas e sem audiência comprovada — caso que estaria sendo alvo de investigação da Polícia Federal. Fontes do Rondonoticias apontam como praticamente certa a queda da atual secretária da pasta.
Por fim, o governador ainda precisa conter focos de rebelião na Assembleia Legislativa. Nos bastidores, parlamentares oposicionistas já discutem, em conversas reservadas, a possibilidade de declarar vacância do cargo, com base em supostas em crises administrativas, tudo antecipando as eleições de 2026.
A volta de Marcos Rocha, portanto, não será apenas geográfica — mas sobretudo política, com desafios que exigirão habilidade, articulação e, principalmente, respostas imediatas à sociedade rondoniense, quebrando o bunker, de que as picuinhas da administração, não estão acima dos interesses maiúsculos do Estado que ele vem defendendo com unhas e dentes.