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porto velho, sábado 21 de junho de 2025
RONDÔNIA - A exclusão da pavimentação da BR-319 do Plano Nacional de Logística 2025 caiu como uma bomba no Congresso Nacional, especialmente entre os parlamentares da região Norte. E um nome tem sido repetido com indignação nos bastidores: Marina Silva.
A ministra do Meio Ambiente, nascida no Acre e conhecedora profunda das dificuldades da região, estaria por trás da pressão que resultou na retirada da rodovia — em especial do trecho conhecido como “meião”, um calvário de 400 quilômetros entre os estados do Amazonas e Rondônia.
Durante o inverno amazônico, esse trecho se transforma em um verdadeiro atoleiro, isolando milhares de pessoas, inviabilizando o transporte de cargas e tornando intransitável a única ligação terrestre entre Manaus e o restante do país. Ainda assim, Marina insiste em travar o projeto, sob a justificativa ambiental.
Para os parlamentares da bancada do Norte, o discurso da ministra ignora as necessidades básicas de quem vive na Amazônia profunda. “É inconcebível que alguém que nasceu aqui, conhece nossas dores e viu o abandono histórico da região, insista em atrapalhar a única obra que pode nos conectar com o restante do país. Isso não é ambientalismo, é elitismo disfarçado”, criticou um senador, em tom de revolta.
A BR-319 é vista como estratégica para a integração regional, o desenvolvimento econômico e o combate às desigualdades históricas que castigam os estados do Norte. A ausência da rodovia no principal plano de investimentos logísticos do país soa como um desprezo oficial às necessidades da população amazônida.
A tensão política aumentou, e a bancada da região promete reação firme. Parlamentares já articulam audiências públicas, convocações ministeriais e até obstruções em votações para pressionar o governo a rever a decisão. Para eles, a BR-319 é mais do que uma estrada — é um grito por dignidade e desenvolvimento.