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porto velho, segunda-feira 6 de outubro de 2025
PORTO VELHO (RO) - Um dos prefeitos mais bem avaliados da história de Porto Velho e atual presidente da Associação Rondoniense dos Municípios (AROM), Hildon Chaves (PSDB) trava uma batalha silenciosa, porém árdua, na tentativa de construir uma chapa competitiva que leve seu nome à disputa pelo Governo de Rondônia em 2026.
O primeiro obstáculo foi superado: a sobrevivência do PSDB no Estado. A legenda esteve muito próxima de ser incorporada à federação com o Podemos, o que, na prática, teria colocado o partido sob influência do atual prefeito Léo Moraes. Com o fim das tratativas, Hildon manteve o comando tucano e, por enquanto, garantiu um espaço político próprio.
Mas se o PSDB hoje tem dono, falta-lhe tropa. Isolado e sem alianças sólidas, Hildon vem sendo comparado por aliados a um “cacique sem tribo” — com liderança, mas sem base suficiente para ir à batalha.
Apesar de intensificar conversas e articulações com possíveis nomes para compor a chapa tucana rumo ao Congresso Nacional e à Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO), até agora nenhum acordo concreto saiu do papel. O impasse já acendeu o sinal de alerta entre os principais assessores e estrategistas do ex-prefeito.
A recente confirmação de que Ivo Cassol (PP) está fora da corrida eleitoral reacendeu em Hildon a expectativa de ocupar um espaço relevante no tabuleiro político de 2026. Ainda assim, ele terá pela frente um cenário de baixa competitividade, enfrentando máquinas partidárias robustas e legendas com recursos milionários do fundo eleitoral.
Sem uma estrutura definida e com poucas alianças à vista, Hildon Chaves pode ter de fazer uma “aposta no escuro” se quiser manter vivo o sonho de chegar ao Palácio Rio Madeira.