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porto velho, domingo 19 de outubro de 2025
PORTO VELHO (RO) - A possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência da República pode reposicionar o tabuleiro político nacional e beneficiar diretamente o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), na corrida pelo Senado em 2026.
O novo cenário ganha força porque o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), antes principal liderança da direita, já havia sinalizado que não apoiaria Rocha em uma disputa ao Senado, preferindo nomes do PL em Rondônia, como Marcos Rogério e Bruno Scheidt.
No entanto, com Bolsonaro preso e inelegível após condenação por crime hediondo, a equação eleitoral muda completamente. Fora da disputa e impedido de participar ativamente das eleições de 2026, o ex-presidente deve deixar um vácuo político que Tarcísio tende a ocupar, consolidando-se como o novo líder da direita.
Nesse contexto, Marcos Rocha aparece como nome natural para integrar o palanque de Tarcísio no estado, dado o histórico de boa relação e alinhamento político entre ambos os governadores.
A conjuntura também pode se fortalecer caso o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Alex Redano (Republicanos), consiga articular o apoio da federação União Brasil/PP à sua eventual candidatura ao Governo do Estado, criando uma base sólida de sustentação regional.
Por ora, o cenário segue em aberto — mas as movimentações iniciais do tabuleiro eleitoral rondoniense já indicam que a ausência de Bolsonaro pode, paradoxalmente, impulsionar o projeto político de Marcos Rocha.