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    porto velho, domingo 23 de novembro de 2025

Prisão de Bolsonaro coloca Alexandre de Moraes "na cola" de Flávio, após pedido de orações

Segundo ministro Alexandre e Moraes, do STF, senador replica métodos da organização criminosa da trama golpista


CNN

Publicada em: 22/11/2025 12:32:13 - Atualizado


BRASIL: A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (22), abre margem para investigar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por atos antidemocráticos, avaliam fontes da PF (Polícia Federal) e do STF (Supremo Tribunal Federal).

Auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a trama golpista na Corte, afirmam que ficou explícito o "papel central" do senador na articulação de uma aglomeração que poderia facilitar a fuga de Bolsonaro.

De acordo com esses interlocutores, não se descarta a abertura de um inquérito formal contra o senador, com a sua imediata convocação para se explicar oficialmente, em depoimento. O filho mais velho do ex-presidente ainda não se manifestou publicamente sobre a prisão do pai.

A PF afirmou ao Supremo que Flávio adotou "o mesmo modus operandi empregado pela organização criminosa que tentou um golpe de Estado no ano de 2022, utilizando a metodologia da milícia digital para disseminar mensagens de ataque e ódio contra as instituições."

Ao decidir prender Bolsonaro preventivamente, ou seja, antes do início formal da pena de 27 anos e três meses de prisão, Moraes disse que Flávio "pretende reeditar acampamentos golpistas e causar caos social no Brasil, ignorando sua responsabilidade como senador".

Para o ministro, Flávio repete a estratégia de "utilizar manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens pessoais". Moraes diz que a vigília configuraria "altíssimo risco" para a efetividade da prisão domiciliar, da ordem pública e da aplicação da lei.

A mobilização de apoiadores do ex-presidente em frente ao quartel-general do Exército, em 2022, levou à prisão e à condenação de centenas de pessoas. O STF viu correlação entre o acampamento e os ataques de 8 de janeiro, no ano seguinte.

O vídeo de Flávio convocando para a vigília, diz Moraes, revela "o caráter beligerante em relação ao Judiciário, em reiteração da narrativa falsa no sentido de que a condenação do réu Jair Bolsonaro seria consequência de uma 'perseguição' e de uma 'ditadura' desta Suprema Corte".





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