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    porto velho, sábado 30 de novembro de 2024

Assembleia reavalia projeto de expansão das usinas do Madeira

Até hoje os R$ 30 milhões prometidos por Jirau não foram aplicados em Jaci-Paraná


Decom ALE

Publicada em: 23/04/2019 12:25:18 - Atualizado

PORTO VELHO RO - Os deputados estaduais de Rondônia estão reavaliando as concessões legais para o projeto de expansão das usinas de Jirau e Santo Antônio no rio Madeira. O primeiro empreendimento conseguiu aumentar a geração com a instalação de mais 6 turbinas,  mas a compensação social e ambiental até hoje não foi cumprida. 

Para Porto Velho, segundo a Casa, foram garantidos R$ 30 milhões, mas até hoje um único centavo foi investido em Jaci-Paraná, distrito onde  houve o maior impacto do aumento do nível da água.

Pelo contrário, uma comissão de moradores de Jaci procurou a Assembleia Legislativa para denunciar o aumento do lençol freático e a perda de dezenas de casas. Até o assentamento Parque dos Buritis para onde foram encaminhadas as famílias atingidas pelo reservatório de Jirau na primeira fase de construção da usina está sendo evacuado.

Além de relatórios ambientais realizados por ONGs ligadas aos atingidos por barragens, acusações mútuas tem colocado em xeque a legalidade do aumento da cota do nível do rio Madeira. Jirau denuncia que a expansão de Santo Antônio trará grandes impactos ambientais que não foram previstos nos estudos de viabilidade no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) das obras.

Na denúncia encaminhada ao Ministério das Minas e Energia, a cota de 70,5 ou 71,3 metros pode alagar trechos da BR-364 e elevar em 15,76 km2 e 44,98km2 a área inundada, o que equivalente a 4.500 campos de futebol.

Um relatório produzido pelo MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) demonstra a partir de imagens de satélites que o reservatório de Jirau vem se expandindo a cada ano, aumentando a alagação de propriedades, elevando também o nível do lençol freático, contaminando fontes de água e tornando o solo inútil a agricultura. O processo 02001.0027515/2009.88 está no Ministério do Meio Ambiente para apurar as causas e responsabilidades.


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