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    porto velho, sábado 30 de novembro de 2024

“Duplicação da BR 364 é uma utopia, uma ilusão”,diz Lucio Mosquini

Segundo o parlamentar, para a duplicação da Rodovia serão necessários R$ 9 bilhões. No programa, apontou soluções imediatas, e também falou sobre outros assuntos


Jaqueline Alencar/Rondonoticias

Publicada em: 24/04/2019 02:41:08 - Atualizado

PORTO VELHO RO - Deixando claro que teria uma conversa franca com o ouvinte e que em seu mandato, elegeu como prioridades a atenção voltada à infraestrutura e agricultura, o deputado federal Lucio Mosquini (MDB/RO) foi o entrevistado dessa terça-feira do Programa A Voz do Povo, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar de Souza Sá de segunda-feira à sexta-feira do meio-dia às 13 horas na Rádio Caiari FM 103,1 e pela Antena FM em Rede Estadual.

Ao ser questionado sobre a solução para dar um basta as inúmeras mortes que ocorrem na BR 364, principal Rodovia do estado, o deputado disse que a BR é uma questão de vigilância da Bancada Federal que representa Rondônia em Brasília e elegeu a 364 como prioridade número 1, seguida da regularização fundiária e a transposição.

Com relação à BR, o parlamentar foi enfático: “não podemos fechar os olhos um minuto sequer, mas no momento, é uma utopia, uma ilusão falarmos da duplicação da BR 364, que é o que todo sabe falar. Isso é conversa fiada. A solução é brigar para manter a conservação da malha viária. Estou tendo uma conversa franca, não há possibilidade de duplicação da Rodovia no momento, por questões orçamentárias”, afirmou.

Uma das alternativas mencionada por Mosquini para a conservação do trajeto seria a retirada das carretas da BR ou outro meio de transporte como a Ferrovia que conforme ele, tiraria entre 70 a 80% do tráfego pesado da BR.

“Mas como a Ferrovia também é um projeto a longo prazo, temos que encarar a realidade, e saber que a 364 precisa de recursos para melhorias como a construção das terceiras faixas em 27 pontos conforme levantamento feito, trevos, retiradas de curvas, e a conservação dela”, reforçou, complementando que briga pela conservação no momento, é para não ser hipócrita, pois, para a duplicação, serão necessários R$ 9 bilhões, e para conservação, que é o que está sendo priorizado no momento, R$ 80 milhões.

De qualquer forma, na avaliação do deputado, apesar dos problemas principalmente relacionados a acidentes que ainda prevalecem, “se comparar a situação de 8 anos atrás, hoje está bem melhor”.

Regularização fundiária

Ao falar sobre regularização fundiária em Rondônia, o deputado disse que considerada a pauta como a mais econômica de Rondônia, pois tem praticamente investimento zero e com ela, se consegue impulsionar a economia do estado através da agricultura.

De acordo com ele, Rondônia conta com 92 mil propriedades sem documentos (regularização) e através da Medida Provisória 759, que se transformou na Lei 13.465 com ter instruções normativas e está em vigor, é possível reduzir até em 70% a burocracia para expedição dos títulos das propriedades, e com a área regularizada e o titulo na mão, o produtor poderá melhorar de vida economicamente.

“Quem tem 100 hectares de área, que equivalem a cerca de 41 alqueires por exemplo, se for no Basa, Banco do Brasil ou Caixa Econômica, ou qualquer outro banco que ofereça recurso do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) recebe de 200 a 300 mil reais para fazer um projeto de implantação de aquisição de matrizes (de vaca) que já começam a partir no primeiro ano, mas tem três anos de carência para pagar, e depois mais 8 anos para quitar a dívida com juros de 6% ao ano” exemplificou.

O único empecilho para isso, reforçou, é não ter o título de regularização, que é a escritura pública da área. “Tem famílias que estão há 20 ou 30 anos em cima da área e não tem. Na grande região de Porto Velho, por exemplo, 90% não tem regularização da área, só a posse. E com esse documento, tem acesso ao crédito subsidiado, e a um futuro promissor”, completou.

Relação Bancada X Governo Marcos Rocha

Perguntado sobre a relação com o Governo do Estado com a Bancada Federal, o deputado Lucio Mosquini declarou que como vem ocorrendo com o Legislativo Estadual, o coronel Marcos Rocha não tem tido uma relação política com os representantes do estado em Brasília. “Mais nem por isso, somos adversários, lamento por ele não ter uma boa relação política com a Bancada, porém torcemos que o Governo dele dê certo e as coisas melhorem com o tempo”.

Capital

Ao falar sobre as prioridades para Porto Velho, Lucio Mosquini disse que os administradores do município precisam estar atentos à dinâmica da capital, que não tem problemas de recursos como no interior. “Só a Bancada destinou quase R$ 100 milhões para a capital”, sendo R$ 5.600.000,00 milhões só de autoria dele para pavimentação asfáltica que serão executados em breve.

Também falou sobre a desburocratização do Ministério da Agricultura, que resultou na anulação de decretos e conselhos, como uma das ações do Governo Bolsonaro considerada salutar pelo deputado; Reforma da Previdência; Porte de Armas; proibição de queima de equipamentos por parte do Ibama; destinação de recursos para Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena e outros municípios; demais assuntos; além de responder a questionamentos dos ouvintes.

CLICK E CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

A Voz do Povo: Entrevista Lucio Mosquini



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