RONDÔNIA - Para surpresa até mesmo de militantes do partido, o ex-senador  Tomás Correia renunciou nesta semana à presidência do MDB, que era comandado por ele em Rondônia. A legenda foi assumida pelo deputado federal Lúcio Mosquini, que está exercendo seu segundo mandato consecutivo pela agremiação. Correia, cujo mandato iria até o mês de outubro, justificou a decisão alegando “motivos pessoais”.
 
A reviravolta mexe com o tabuleiro eleitoral deste ano em várias cidades de Rondônia. Em Vilhena, por exemplo, aliados de Mosquini no Cone Sul prevêem que ele deve substituir Josué Donadon pelo ex-vereador Ronaldo Alevato na presidência do partido.
 
Caso se confirme a troca no diretório local, o MDB sob nova direção deve mirar também o ex primeiro-casal Melki e Rosani Donadon. O ex-prefeito garante que a esposa não será candidata este ano, mas caso decida lançá-la, corre risco se ficar no MDB, ao apenas ela está filiada. Melki está no PDT.
 
Os Donadon (e todos os outros postulantes a cargos nas eleições municipais desde ano) têm até o dia 04 de abril para definir sua situação partidária. “Se ficarem no MDB, correm risco mesmo, porque não apoiaram Mosquini nem o senador Confúcio Moura, que agora controlam a sigla”, explicou um advogado que acompanha a situação.
 
Em seu perfil numa rede social, Confúcio Moura, que é o atual vice-presidente nacional da legenda e vive “de cara virada” com o ex-senador Valdir Raupp desde a campanha de 2018, celebrou a conquista de Mosquini.