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porto velho, sexta-feira 17 de maio de 2024
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que o ministro da Cidadania, João Roma, está desenhando novos programas sociais e que alguma sugestão deve ser apresentada em 15 dias.
A declaração foi dada durante participação no 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados). No mesmo evento, Roma acrescentou que o governo pretende apresentar propostas para o "fortalecimento" de seus programas sociais.
"Nosso governo está coerente, trabalhando muito junto, equipe muito unida para manter a cadeia produtiva funcionando", afirmou o ministro da Economia.
Neste momento, o governo discute a reformulação do Bolsa Família e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a anunciar que o programa pagará em média R$ 300 a partir de dezembro, mas técnicos do governo ainda discutem como esse reajuste pode caber no Orçamento do ano que vem.
Uma possibilidade seria extinguir o pagamento anual do abono salarial do PIS/Pasep para cobrir o aumento no Bolsa Família. Guedes disse que deverá ser criada uma equipe interministerial para discutir programas sociais e que o governo poderá apresentar alguma sugestão num prazo de 15 dias. Porém, segundo ele, a construção de uma solução demandará mais tempo, "uns 30 a 60 dias".
"Vamos montar esse grupo, vamos fazer isso, em 15 dias a gente traz uma sugestão", afirmou Guedes, após a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sugerir o prazo. "Acho 15 dias excelente para a gente voltar a conversar, mas a solução é um pouco mais longa do que isso. Possivelmente, vamos ficar aí uns 30 a 60 dias".
'Celeiro do mundo' não pode ser país com fome, diz Guedes O ministro da Economia disse que o desperdício de alimentos, desde a produção até a mesa dos brasileiros, ainda é um grande desafio a ser enfrentado para que o país possa se tornar um "celeiro do mundo".
Guedes também afirmou que é preciso integrar a agricultura familiar à cadeia produtiva no país para que milhões de brasileiros de baixa renda possam ter mais comida na mesa e para que se gere maior impacto econômico e social.
Não pode o celeiro do mundo ser o país onde há fome. Do nosso lado, temos que fazer políticas sociais que permitam que os mais frágeis e vulneráveis sejam incorporados na cadeia produtiva ou amparados.