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    porto velho, domingo 22 de junho de 2025

Presidente da ALE perde a paciência e pede demissão do secretário da Sejus

Parlamentar disse que Marcus Rito não tem competência para o cargo e deve ser exonerado de forma urgente...


Publicada em: 17/08/2021 21:07:26 - Atualizado

ARIQUEMES – O presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos), cobra a imediata demissão do secretário estadual de Justiça (Sejus), Marcus Rito. Redano considera injustificável as fugas que vem ocorrendo no sistema prisional de Rondônia e, principalmente, a que aconteceu esta semana em Ariquemes.

O jovem parlamentar está em ascensão e começa a fazer movimentos importantes para posicionar de forma mais assertiva junto à sociedade a imagem do Poder Legislativa, desgastada com o corporativismo e desobediência à ordem judicial no caso dos deputados Aélcio da TV (agora, ex-deputado) e Edson Martins.

Estou sempre cobrando a demissão desse secretário da Sejus, pois ele é totalmente incompetente. São dezenas de fugas e precisam ser tomadas medidas a curto, médio e longo prazo. Hoje, em plena luz do dia, cerca de 13 apenados fugiram. Uma vergonha!”, disse Redano, em tom de desabafo, durante entrevista nesta terça-feira (17) a uma emissora de televisão de Ariquemes.

Para Alex Redano, “é uma situação absurda. E não é de hoje que denunciamos esse grave problema, que amedronta a sociedade de Ariquemes. Precisam ser tomadas medidas urgentes e o primeiro passo é exonerar esse secretário, que não tem competência para o cargo e que não consegue dar conta dessa grande número de fugas, mais de 20, em menos de três anos. É inaceitável”, lamentou.

De acordo com o deputado, “o segundo passo é colocar alguém que faça algo efetivo, com rapidez, para conter esse número absurdo de fugas, que chega a ser ridículo e vergonhoso para a classe política, em geral. O presídio de Ariquemes ganhou o apelido de ‘castelo de areia’, pela má qualidade da sua estrutura”.

O deputado aproveitou para anunciar que no próximo mês de setembro, vai até o estado de Tocantins conhecer um presídio que é administrado num sistema de cogestão. “Há a possibilidade de esse modelo ser adotado em Ariquemes. Mas, seria uma situação mais pra frente. Para agora, temos que fazer alguma coisa concreta, pois como está é insuportável”.

Quando questionado acerca da quantidade de efetivo de policiais penais para dar conta dos apenados, Alex Redano disse que “há dois meses, não aprovamos mais nenhum recurso, nenhum projeto encaminhado pela Sejus na Casa, como forma de protesto. Também como forma de cobrar a valorização da categoria dos policiais penais e dos socioeducadores. Precisa aumentar o efetivo e melhorar as condições de trabalho”.

Ao final, ele relatou o medo dos produtores rurais que moram nas imediações do presídio, que estão com suas propriedades desvalorizadas, e também enalteceu o trabalho do promotor Tiago Lopes, que trouxe todos os números da situação do presídio de Ariquemes. “Ele fez um presídio muito modesto: que a unidade tivesse ‘apenas’ o dobro da capacidade.Hoje, está com três vezes a sua capacidade, sendo impossível o seu controle”.



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