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porto velho, quinta-feira 26 de junho de 2025
PORTO VELHO - RO - As eleições do ano que vem e que elegerão presidente, governadores e senadores, fervilha nos bastidores da contenda, por uma das mais disputadas nos últimos tempos.
Há um ano do pleito eleitoral, as principais legendas e alianças políticas da República Federativa do Brasil, tentam compor o tabuleiro ideal para o sufrágio que se avizinha em 2022.
PT X Bolsonaro
A previsível polarização da disputa entre Lula e Bolsonaro, pode deixar claro que o PT, e suas lideranças, estarão mais focados no projeto nacional de candidatura de Lula ao Planalto. Por outro lado, o atual presidente ainda sem partido, vive um clima de indefinição.
Alianças
Legendas como PSD e União Brasil, partido que surgiu com a fusão entre o DEM e PSL, tentam ganhar musculatura nos estados. MDB e PSDB, por sua vez, buscam manter os espaços que já possuem e retomar o protagonismo nos estados onde são fortes.
Particularmente, em Rondônia, o PSDB possivelmente vai de Hildon Chaves, em Porto Velho, e deve barganhar, votos cativos do eleitorado portovelhense, que no cenário regional, são suficientes para definir para mais ou para menos uma hipotética eleição.
Há possibilidade de candidaturas tucanas em outros nove estados, incluindo Distrito Federal, Pará, incluindo, Rondônia, Pernambuco e Alagoas.
Governador Marcos Rocha
Já no âmbito nacional, o pleito deve ser marcado pelo favoritismo de nomes conhecidos e experientes. Os governadores eleitos na onda conservadora de 2018 tentarão manter seus postos, mas enfrentarão adversários que se organizam nos campos da esquerda e centro.
Neste caso, em Rondônia, o atual governador Marcos Rocha-PSL que tenta a reeleição, pretende surfar na onda Bolsonarista mais uma vez para projetar candidatura, mas se filiou a um partido de oposição ao presidente e hoje se vê em "palpos de aranha".
Na maior parte dos estados, os nomes mais competitivos devem adotar a estratégia de palanques múltiplos na eleição nacional, buscando atrair o maior número possível de siglas na formação das alianças locais.
PT nas regiões
Ao contrário de 2018, quando lançou candidaturas em 16 estados para defender o legado do partido, o PT em vista dos escândalos ocorridos nos governos de Lula e Dilma, vem mais modesto e deve ter candidatos apenas nos grandes colégios eleitorais, nos estados em que já governa e onde tem real chance de vencer.
Em Rondônia, a situação do Partido dos Trabalhadores é indefinida, não se conjectura ainda se comporá alianças, ou terá uma chapa puro sangue. Por enquanto, ao que se tem conhecimento, vive-se numa briga interna constante com ameaça de expulsão do último deputado eleito pela legenda, Lazinho da Fetagro.
O PT EM OUTRAS REGIÕES:
No Rio Grande do Norte, por exemplo, Fátima Bezerra, paradoxalmente, vai disputar a reeleição na condição de favorita. Na Bahia, caberá ao senador Jaques Wagner defender a continuidade de 16 anos do partido da estrela vermelha ao governo, enquanto, no Piauí, o secretário Rafael Fontelles é o nome para a sucessão do governador Wellington Dias.
PDT com PT
No Ceará, a tendência dos petistas é de apoio ao PDT na sucessão do governador Camilo Santana (PT), mas setores da legenda defendem candidatura própria para ter um palanque fiel a Lula. A legenda aqui, tem no seu líder messiânico Acir Gurgacz, que tem problemas para certificar possível candidatura, mas que não foge ao pleito, e com certeza não ficará de fora, colocando também um coelho para disparar nessa corrida.
A aproximação do PDT com o PT, na regional, é menos viável, que em âmbito nacional, mas tudo pode acontecer, no desenrolar dos acontecimentos.
PT em São Paulo
Fora dos estados em que já governa, o PT lançou pré-candidaturas do ex-prefeito Fernando Haddad ao Governo de São Paulo e de Edgar Pretto no Rio Grande do Sul. No Rio, Minas Gerais e Pernambuco, a tendência é de apoio a aliados.
Presidente sem partido
No campo bolsonarista aliados seguem mais indefinidos, já que o presidente ainda não decidiu em qual legenda disputará a reeleição no próximo ano, o que dificulta a decisão de correligionários sobre o seu destino político
A ampliação da base aliada, com a aproximação das legendas do "Centrão", deve criar um cenário de palanques duplos e até triplos nos estados. O presidente disse recentemente que a prioridade dele será ajudar a eleger parlamentares aliados. Em Rondônia, de fato, a posição do presidente deve embaralhar ainda mais o cenário político atual.
Bolsonarismo
A onda bolsonarista que guindou o chefe da nação ao poder, em 2.018, briga para manter seu protagonismo e busca voos mais altos, embora, os novos aliados do "Centrão” também mirem nos governos estaduais.