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    porto velho, sábado 5 de julho de 2025

Presidente Bolsonaro diz que 'Brasil não mergulhará numa aventura' em relação a guerra

Presidente ressaltou que a responsabilidade do país é o bem-estar dos brasileiros na Ucrânia


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Publicada em: 04/03/2022 17:20:58 - Atualizado

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (4), que o Brasil "não mergulhará em uma aventura", ao comentar a invasão da Ucrânia por tropas militares russas. O mandatário ressaltou que a responsabilidade é o bem-estar dos brasileiros e pregou pela liberdade e paz.

"Hoje temos um problema a 10 mil km daqui e a nossa responsabilidade, em primeiro lugar, é com o bem-estar do nosso povo. A nossa postura tem mostrado para o mundo como estamos agindo neste episódio", afirmou.

"Estamos conectados com o mundo todo e o equilíbrio, a isenção e o respeito a todos se faz valer pelo chefe do Executivo. O Brasil não mergulhará numa aventura. O Brasil tem o seu caminho, respeita a liberdade de todos, faz tudo pela paz, mas, em primeiro lugar, temos que dar exemplo para isso", acrescentou.

Bolsonaro tem evitado se posicionar de forma clara em relação ao conflito que ocorre pelo nono dia consecutivo no país do Leste Europeu. O mandatário disse que o país adotaria posição de neutralidade e que estaria empenhado em proteger os brasileiros que estão na Ucrânia.

Apesar do discurso do presidente, o Brasil foi um dos países que votaram na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) a favor da resolução que "exige" que a Rússia se retire "imediatamente" da Ucrânia, em uma forte repreensão à invasão russa pelo órgão global encarregado de paz e segurança.

Após mais de dois dias de debate, 141 dos 193 países-membros votaram a favor da resolução, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Argentina. Dos membros do Brics (formado por África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia), apenas o Brasil votou a favor do documento.

A invasão russa da Ucrânia motivou críticas de Bolsonaro ao vice-presidente, Hamilton Mourão. Na semana passada, o general disse que o Brasil não é neutro no conflito e condenou o ataque da Rússia. Depois, Bolsonaro falou que Mourão cometeu "peruada" e que apenas o presidente da República pode se manifestar sobre o assunto.

Na última quinta-feira (3), Bolsonaro conversou com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, por telefone, sobre a guerra na Ucrânia. Segundo o governo britânico, ambos exigiram "cessar-fogo urgente".


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