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    porto velho, sábado 5 de julho de 2025

Governador de Alagoas é alvo de operação; STJ determinou o afastamento do cargo

Governador está em São Paulo e não acompanhou a operação; defesa do político alega fins políticos e eleitorais


R7

Publicada em: 11/10/2022 09:20:33 - Atualizado

BRASIL: A Polícia Federal realiza, na manhã desta terça-feira (11), uma operação para cumprir 31 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB). No momento da ação, o chefe do Executivo estava em São Paulo. Não houve mandado de prisão. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento de Paulo Dantas do cargo, e também do vice, José Wanderley Neto.

O processo apura desvios "sistemáticos" de recursos públicos que ocorreriam desde 2019 no governo alagoano, e tramita em segredo de justiça. Segundo o Ministério Público Federal, "os investigados estão impedidos de manter contato entre si e de frequentar os órgãos públicos envolvidos na investigação. As medidas cautelares incluem ordem de sequestro de bens e valores que chegam a R$ 54 milhões. Dezenas de imóveis foram objetos de constrição."

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça determinou sequestro de bens, afastamentos de função pública e outras medidas. Ainda de acordo com o MPF, são apurados crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

O advogado Bruno Zeferino, que representa Paulo Dantas, afirmou que a defesa ainda não teve acesso ao conteúdo da investigação, mas alega que a ação tem sido usada com fins políticos, já que Dantas é candidato à reeleição e disputa o 2º turno ao Governo de Alagoas.

"A defesa desconhece o teor, foi uma total surpresa. Mas, com certeza, tudo será esclarecido. Principalmente nesse momento, especulações estão sendo levantadas para uso político", disse o advogado.

Dantas assumiu o governo alagoano em maio deste ano para um mandato-tampão que se encerra em dezembro, depois de uma eleição indireta realizada com os membros da Assembleia Legislativa. Isso porque o então governador, Renan Filho (MDB), e o vice, Luciano Barbosa (MDB) renunciaram aos cargos para concorrer nas eleições.


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