Fundado em 11/10/2001
porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
BRASIL: Cansaço excessivo, estresse e esgotamento emocional. Sintomas que a publicitária Isabella Ferraz, de 25 anos, contou ter sentido após retornar ao trabalho presencial em Belo Horizonte, Minas Gerais. Preocupada com sua saúde, ela decidiu procurar um médico e, para sua surpresa, recebeu o diagnóstico de Síndrome de Burnout.
"Foi em 2022 e faz pouco mais de um ano. Retornei ao presencial depois da pandemia e comecei a chegar em casa exausta, estressada. Foi só piorando, chegava o fim de semana e eu só queria dormir. Depois de alguns meses decidi ir ao médico e ela me disse que estava com Burnout", relata.
Funcionária de uma agência de publicidade, ela conta que demorou a perceber os sinais da Síndrome de Burnout.
"Acreditava que esses sintomas eram apenas uma consequência do dia a dia agitado da profissão. Foram meses sem perceber que tinha essa síndrome", relembra.
O relato de Isabella reflete uma realidade comum a aproximadamente 30% dos trabalhadores no País, de acordo com uma pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt). Esse transtorno clínico, no entanto, não se limita ao Brasil, e é um fenômeno global.
Por esse motivo, em janeiro do ano passado a síndrome de Burnout foi reconhecida como uma condição de saúde mental relacionada ao trabalho, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, esse transtorno psicológico afeta não apenas a mente, mas também o corpo.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, os sintomas que caracterizam essa condição são exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, que surgem como resultado de situações de trabalho desgastantes, de alta competitividade e responsabilidade. Ainda segundo a pasta, o principal fator desencadeante dessa doença é justamente o excesso de trabalho.