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    porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024

Agevisa orienta população sobre possíveis casos de transmissão da bactéria que causa leptospirose

Um agravante que preocupa as autoridades sanitárias é a dificuldade de suspeitar da leptospirose na sua fase inicial, pela semelhança dos sintomas com outras doenças febris agudas


Secom

Publicada em: 17/07/2023 13:11:25 - Atualizado


RONDÔNIA - Apesar do período seco em Rondônia, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa orienta a população para os cuidados com a possibilidade de transmissão da bactéria Leptospira, a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos), infectados com a bactéria. As condições ambientais e de saneamento, acondicionamento incorreto de restos de colheita (na área rural) e de alimentos, a presença de entulhos na área externa próxima de uma residência, e até vasilhas de ração para animais expostas à noite, são fatores de risco, que contribuem para a possibilidade da pessoa adoecer.

Um agravante que preocupa as autoridades sanitárias é a dificuldade de suspeitar da leptospirose na sua fase inicial, pela semelhança dos sintomas com outras doenças febris agudas. Por isso, o programa de vigilância da leptospirose da Gerência de Vigilância em Saúde – GTVAM da Agevisa, chama atenção para o diagnóstico da doença.

A coordenadora do programa, Luzimar de Souto Amorim salientou que, “é uma doença febril aguda, portanto, pode ocasionar sintomas leves como febre, dor de cabeça, dor muscular, principalmente na panturrilha (batata da perna), dor de cabeça, vômito e diarreia. Podem ocorrer também sinais de gravidade da doença, como alteração do volume urinário e coloração escura da urina, icterícia (coloração amarelada de pele e mucosa), vômitos frequentes, alterações do nível de consciência e hemorragias”.

ORIENTAÇÃO

A Agência recomenda que, o paciente ao apresentar esses sintomas após contato com alguma situação de risco, procure atendimento médico. O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregõrio de Lima afirmou que, para o profissional da saúde suspeitar da leptospirose, associa os sintomas da doença aos fatores de risco aos quais o paciente se expôs. “Nossa orientação é que quando houver suspeitas da doença deve-se logo tratar, não esperando resultados laboratoriais para iniciar os cuidados. Os casos leves são atendidos no ambulatório, e os que apresentam sinais de gravidade requerem internação”.

O diagnóstico pode ser feito no Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia – Lacen/RO, onde é realizado o exame ELISA-IgM, um método imunoenzimático para detecção de anticorpos. A leptospirose não se transmite de pessoa para pessoa, somente pelo contato com a urina de roedores. Orientações do Ministério da Saúde – MS dão conta que, a doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas, além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves.

PREVENÇÃO

  • Evitar contato com locais de água/lama parada;
  • Cuidados com o acondicionamento e destino do lixo;
  • Manter a cozinha limpa, sem sobras de alimento especialmente à noite;
  • Retirar a ração de animais domésticos antes do anoitecer;
  • Manter os terrenos baldios limpos e capinados;
  • Evitar entulhos e restos de construção nos quintais e no peridomicílio;
  • Fechar buracos de telhas, paredes e rodapés, para evitar o ingresso dos ratos para dentro de sua casa;
  • Manter os alimentos guardados em recipientes fechados (potes de vidro, latas de alumínio), e na área rural ter cuidados com o paiol ou tuia.

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