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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
BRASIL: O programa de transplantes de órgãos no Brasil é motivo de orgulho, além de ser o maior serviço público do tipo do mundo.
Esta é a avaliação do presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) Gustavo Fernandes Ferreira.
À CNN Rádio, no Correspondente Médico, ele explicou que “todo brasileiro tem a mesma oportunidade de transplantar.”
“Independentemente da origem, cor ou fonte de financiamento do transplante, o que traz transparência ao programa”, completou.
Hoje, há quase 66 mil brasileiros na fila por um transplante – a exemplo do apresentador Fausto Silva, que está internado a espera de um coração.
“Temos hoje 70% dos brasileiros que se dizem doadores, mas a família precisa consentir quando acontece a morte. 49% acabam negando a doação”, alertou.
Segundo Gustavo, além de existir a necessidade de quem opta por doar órgãos conversar com os familiares, “o mais importante é informação, mostrar a importância da doação de órgão.”
“Existem pessoas aguardando a chance de continuar vivendo, precisamos demonstrar que o sistema no Brasil funciona”, completou.
Há uma lista única de transplantes, que é subdividida por regiões, já que existe tempo hábil para a retirada do órgão a ser doado até chegar a quem deve recebê-lo.
Também são discriminados a tipagem sanguínea do paciente e suas condições clínicas.
A partir disso, quanto maior a compatibilidade, maior a prioridade.
A doação de órgãos só pode acontecer em caso de morte encefálica, que tem “métodos modernos para comprová-la.”
Na média, o Brasil tem 19 doadores por milhão de habitantes.
Para termos de comparação, a Espanha tem 42 por milhão.