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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: A chegada de dezembro lembra a todos, também, o início do verão. Com o período de calor mais intenso, é preciso estar atento à proteção, pois os raios UV (ultravioleta) são o principal fator que leva ao câncer de pele.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse é o tipo mais frequente de câncer no Brasil, correspondendo a 30% dos registros da doença.
O câncer de pele pode ser dividido em dois tipos: o melanoma e o não melanoma.
• Melanoma — É mais raro, correspondendo a 4% das neoplasias malignas do tecido, e pode aparecer em qualquer parte do corpo — na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais — e até levar à morte. É o tipo mais grave, devido à alta probabilidade de metástase.
Na maioria dos casos, o melanoma metastático não tem cura, mas possui tratamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, a identificação das manchas deve levar em conta a regra ABCDE (assimetria; bordas; cor; diâmetro, que deve ser menor que 6 milímetros para ser benigno; e evolução).
Esse tipo de câncer costuma afetar mais pessoas brancas; em negros, geralmente, aparece nas áreas mais claras, como a palma das mãos.
O Inca estima que no ano passado tenham sido identificados 8.980 novos casos. Em 2021, conforme o Atlas de Mortalidade por Câncer — SIM, ocorreram 1.832 mortes.
• Não melanoma — É mais frequente e menos grave, porém pode causar deformações no corpo. Ocorre, principalmente, nas áreas mais expostas ao sol e em pessoas acima dos 40 anos.
Os sinais podem se apresentar como manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram, ou como feridas que não cicatrizam em até quatro semanas.
Em 2022, ocorreram 220.490 novos casos, conforme o Inca, e, em 2021, a doença foi responsável por 2.982 óbitos, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer — SIM.
A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) define o câncer de pele como um crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, e ele pode ser dividido em: carcinoma basocelular, que é o mais comum; carcinoma espinocelular, o segundo mais frequente; e melanoma, o tipo menos frequente e mais letal.
Entre os principais fatores de risco, os órgãos destacam:
• exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente na infância e adolescência;
• ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino;
• exposição a câmeras de bronzeamento artificial;
• ter histórico familiar ou pessoal de câncer de pele.
A prevenção vem, principalmente, da proteção solar. Isso inclui o uso de protetores solares; usar chapéus, camisetas e óculos escuros; evitar a exposição entre o período das 10h às 16h; observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas; e passar por consultas dermatológicas por, pelo menos, uma vez ao ano.
Os tratamentos disponíveis para os cânceres de pele incluem cirurgia, radioterapia e quimioterapia, a depender do estágio do câncer.