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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
PORTO VELHO, RONDÔNIA - A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho (Semusa) recebeu na quarta-feira,13, informação sobre uma embarcação proveniente de Manaus com uma criança com suspeita de sarampo. Estavam na embarcação 10 venezuelanos, 5 cubanos e 5 argentinos
“Rapidamente nós acionamos as equipes de técnicos da imunização, vigilância sanitária, vigilância em saúde, em parceria com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) para estabelecer as medidas a serem desenvolvidas frente ao caso”, explicou a secretaria da Saúde, Eliane Pasini.
A lista de passageiros continha vinte nomes, mas, na verdade, foram identificadas mais de 100 pessoas na mesma viagem, segundo informou, Elizeth Gomes, gerente de Imunização.
“Infelizmente a embarcação chegou antes do previsto(sábado), mas, mesmo assim, as equipes identificaram a família e conduziram a criança ao Hospital Cosme e Damião. Após exames, o sarampo foi confirmado apenas na criança, mas os pais foram imunizados”, completou Elizeth.
As equipes da Semusa foram também até a rodoviária municipal, onde localizaram alguns passageiros procedentes da embarcação. Foram vacinados cerca 576 pessoas contra o sarampo na rodoviária e porto, seguindo o protocolo de bloqueio que deve ser feito até 72 horas após a identificação do caso confirmado.
“A criança ainda não está na fase indicada para tomar a dose da vacina. Os pais nos informaram que moram em Manaus em um dos bairros com muitos casos de sarampo.” Conclui.
Sarampo
O Brasil tem registrado casos de sarampo importados da Venezuela. Os estados mais afetados pela doença são Roraima e Amazonas. O último caso registrado em Porto Velho foi em 1999.
O sarampo é uma das doenças mais contagiosas e afeta, sobretudo, crianças. É transmitido por gotas de saliva procedentes do nariz, da boca e da garganta de pessoas infectadas. Os sintomas consistem em febre alta, erupção generalizada em todo o corpo, congestão nasal e irritação ocular.
Pode causar complicações graves, tais como cegueira, encefalite, diarreia intensa, infecções do ouvido e pneumonia, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e em pacientes imunodeprimidos.
A vacina está disponível em todas as unidades de saúde, a tríplice viral deve ser aplicada em bebês de 12 meses, com um reforço aos 15 meses de vida. A dose também é ofertado para pessoas de até 49 anos que não foram vacinadas.