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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: A perda de cabelo é uma preocupação que afeta muitos homens. Embora a calvície seja muito associada ao envelhecimento, a queda dos fios pode começar cedo e afetar a autoestima. Conheça abaixo os benefícios e riscos de medicamentos usados contra a calvície masculina.
A alopecia androgenética, conhecida popularmente como calvície masculina, é a causa mais comum de queda de cabelo entre os homens. Estima-se que 50% desse público experimentarão algum grau de calvície até os 50 anos. A genética desempenha um papel importante, mas fatores como estresse, alimentação e cuidados inadequados com os fios também podem influenciar.
“A calvície masculina é de origem genética e hormonal, por isso os medicamentos mais eficazes são os que agem reduzindo o hormônio DHT e favorecendo o aporte sanguíneo, como a finasterida e o minoxidil”, explica Julio Pierezan, dermatologista e tricologista.
O Minoxidil é um dos tratamentos tópicos mais populares para a queda capilar entre os homens, e também entre as mulheres. Originalmente usado para tratar hipertensão, descobriu-se que ele promove o crescimento dos fios como efeito colateral.
O medicamento é aplicado diretamente no couro cabeludo, retardando a queda e ajudando a estimular o crescimento de novos fios. No entanto, os resultados variam de pessoa para pessoa e é necessário uso contínuo para manter os benefícios.
“Ele é um vasodilator e melhora a chegada de sangue no couro cabeludo e, quando isso acontece, os fios têm a possibilidade de conseguir crescer e engrossar”, explica Letícia Ambrosano, dermatologista especialista em cabelos.
Porém, como todo medicamento, ele também possui alguns efeitos colaterais e só deve ser usado após indicação médica.
“O maior efeito colateral é o crescimento de pelos no corpo, o que chamamos de hipertricose. Pacientes que tem arritmia no coração devem se submeter a avaliação médica antes do uso”, acrescenta Gustavo Martins, dermatologista e tricologista.
Outro tratamento amplamente utilizado é a finasterida, um medicamento oral que age bloqueando a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), hormônio que contribui para a queda de cabelo.
Diferente do Minoxidil, a finasterida é uma medicação que requer prescrição médica, pois pode causar efeitos colaterais como diminuição da libido e disfunção erétil em alguns casos.
“Se o seu caso é alopecia androgenética, aquele tipo hereditário, os dois medicamentos [finasterida e minoxidil] são eficazes. Eles agem estimulando e prevenindo os folículos capilares da queda. Os dois medicamentos estão disponíveis à venda, porém a avaliação de um médico é essencial para evitar possíveis contraindicações ou efeitos colaterais, caso o paciente tenha”, acrescenta Julio.
Outros medicamentos disponíveis no mercado, como o cetoconazol e o alfaestradiol, também auxiliam na queda de cabelo e podem ser usados seguindo a recomendação médica.
O cetoconazol é um antifúngico indicado para o tratamento do couro cabeludo, melhorando dermatites e descamações, que podem ocasionar a queda dos fios.
Já o alfaestradiol ajuda a combater a alopecia androgênica — caracterizada pela miniaturização progressiva do fio de cabelo –, tanto em homens quanto mulheres, evitando que os fios caiam.
Além dos medicamentos, há outras opções de tratamentos para a queda dos fios e para calvície. São elas: