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porto velho, quarta-feira 6 de novembro de 2024
O Ministério da Saúde já incinerou 10,9 milhões de vacinas com o prazo de validade expirado neste ano. O maior número foi de imunizantes da Covid-19 , mas há também doses para febre amarela, tétano, gripe e outras doenças.
A quantidade de imunizantes desperdiçados ainda pode aumentar. O Ministério da Saúde armazena outras 12 milhões de doses que já venceram, incluindo 9 milhões da Janssen contra a Covid-19, que também devem ser incineradas.
Os dados foram obtidos pelo portal Metrópoles através da Lei de Acesso à Informação (LAI), em 25 de outubro.
O Ministério da Saúde explicou que campanhas de desinformação impactaram a adesão da população aos imunizantes e assegurou que não há falta de vacinas no país.
Entre os imunizantes na lista de incinerados, cerca de 6,4 milhões de doses eram vacinas contra a Covid-19. A doença já matou mais de 5,1 mil pessoas no Brasil neste ano, de acordo com dados da saúde.
A segunda maior quantidade incinerada foi a DTP, vacina infantil que previne a difteria, o tétano e a coqueluche, com 3,1 milhões. Em terceiro está o imunizante contra febre amarela: 663,2 mil doses perdidas. Vacinas contra meningocócica C conjugada e a vacina pentavalente também foram incineradas, com cerca de 342 mil e 251 mil doses perdidas, respectivamente.
Desde 2016, o Brasil registra diminuição nas taxas de cobertura para meningite e HPV, por exemplo, além de outros tipos de vacina. A baixa taxa de vacinação aumentou parcialmente em 2023, no qual o Brasil saiu da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgadas em julho.
Em nota, o Ministério da Saúde explicou que as vacinas da Covid-19 são o principal alvo de campanhas de desinformação, o que gera “desconfiança sobre a eficácia e segurança do imunizante, impactando a adesão da população”.
De acordo com a pasta, para evitar desperdício e garantir proteção máxima na compra da vacina contra Covid-19 deste ano, o Ministério da Saúde adotou novas medidas. Agora, a entrega será parcelada por parte do laboratório contratado conforme a demanda apresentada, e será possível fazer a troca pela versão mais atual aprovada pela Anvisa.