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    porto velho, terça-feira 1 de abril de 2025

Mulheres se colocam em perigo para emagrecer, diz psicóloga ao Dr. Kalil

Psicóloga destaca que padrões estéticos impostos pela sociedade levam mulheres a buscarem métodos perigosos para perda de peso...


CNN

Publicada em: 30/03/2025 09:55:24 - Atualizado

BRASIL: A pressão social para atingir padrões estéticos irreais tem levado mulheres a adotarem métodos arriscados para emagrecer, conforme alerta Andrea Levy, psicóloga especializada em obesidade. Durante sua participação no programa CNN Sinais Vitais, a especialista destacou as diferenças psicológicas entre homens e mulheres em relação à obesidade e à busca pela perda de peso.

Segundo Levy, “a mulher é historicamente muito mais cobrada de ter um corpo dentro de padrões estipulados”. Essa cobrança, descrita pela psicóloga como “muito cruel”, frequentemente impõe às mulheres uma estrutura física que muitas vezes não é realista ou alcançável.

Influência da mídia e redes sociais

A especialista ressaltou o papel da mídia, incluindo televisão, revistas e redes sociais, na perpetuação desses padrões irreais. Essas plataformas “sempre impuseram à mulher uma estrutura física que muitas vezes não era real”, contribuindo para uma busca incessante por métodos de emagrecimento, muitos dos quais podem ser perigosos.

“Então isso faz com que muitas mulheres, principalmente, busquem tratamentos ditos miraculosos, que infelizmente não existem, e acabem se colocando em perigo para emagrecer”, alertou Levy. Ela acrescentou que as mulheres “se sentem deprimidas, se sentem oprimidas muitas vezes pela questão corporal”.

Embora a pressão estética afete ambos os gêneros, Levy observou que as mulheres geralmente são mais cobradas e, consequentemente, “buscam mais tratamentos, se colocam mais em perigo para emagrecer especialmente”.

Impacto nos homens

A psicóloga também mencionou que, apesar de as mulheres serem mais afetadas, os homens não estão imunes à pressão estética. Ela citou o problema crescente da “superprescrição de anabolizantes” como evidência da busca masculina pelo “fitness” e pela beleza corporal.

Levy concluiu destacando que, embora o impacto na saúde mental das mulheres seja geralmente mais severo, os homens também estão começando a sentir os efeitos dessa pressão social. Ela alertou que, quando os homens desenvolvem quadros depressivos relacionados à imagem corporal, “eles tendem a ser um pouquinho mais graves”, observando que “a incidência de suicídio em homens é maior do que em mulher”.


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