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    porto velho, sexta-feira 12 de dezembro de 2025

Estenose foraminal: entenda doença que fez Xuxa passar por cirurgia

Condição causada por compressão nervosa na coluna provoca dor, limita movimentos e pode exigir operação...


CNN Brasil1

Publicada em: 11/12/2025 18:17:57 - Atualizado

Xuxa • Instagram / Xuxa

A apresentadora Xuxa Meneghel, 62, passou por uma cirurgia na coluna lombar, em São Paulo, após meses de dor intensa causada por estenose foraminal.

O procedimento durou cerca de duas horas, foi considerado de média complexidade e teve evolução muito positiva: em dois dias ela recebeu alta, com boa mobilidade e dor controlada.

Xuxa vinha sentindo desconforto havia oito meses e escolheu operar agora para estar totalmente recuperada antes de sua turnê de despedida, marcada para julho de 2026.

O que é estenose foraminal

A estenose foraminal ocorre quando o forame neural, o pequeno túnel por onde os nervos deixam a coluna, fica mais estreito e comprime as raízes nervosas.

Segundo a Cleveland Clinic, o efeito é semelhante a prender um fio elétrico na porta: quanto maior a pressão, maior o risco de falha na transmissão dos sinais. Isso explica a dor, o formigamento, a dormência e até a fraqueza muscular que muitos pacientes sentem.

No caso de Xuxa, o desgaste natural do disco entre as vértebras L4-L5 aproximou as estruturas, diminuindo o espaço para o nervo e causando a dor lombar intensa que irradiava principalmente para a perna esquerda.

Embora seja comum com o envelhecimento, conforme reforça a Cleveland Clinic, muitas pessoas têm estenose foraminal sem apresentar sintomas. Apenas cerca de 17% dos casos severos realmente causam dor ou alterações neurológicas perceptíveis.

Causas e fatores de risco

A degeneração dos discos é a causa mais frequente, mas não é a única. A estenose foraminal também pode surgir por:

  • Má postura prolongada;
  • Atividades físicas de impacto ou sobrecarga;
  • Flacidez abdominal, que aumenta a pressão na lombar;
  • Hérnias de disco e bicos de papagaio;
  • Escoliose e variações anatômicas naturais;
  • Cistos ou tumores na região, embora sejam menos comuns.

Conforme a Cleveland Clinic, o desgaste natural relacionado à idade é o principal fator, e cerca de 80% das pessoas acima dos 55 anos apresentam algum grau dessa condição.

Sintomas mais comuns

Os sintomas variam conforme o nervo afetado, mas tendem a seguir um padrão característico. A dor costuma irradiar para braços ou pernas e pode vir acompanhada de:

  • Formigamento ou dormência;
  • Sensação de “agulhadas”;
  • Fraqueza muscular;
  • Quadro que piora ao ficar em pé e melhora ao sentar, principalmente na estenose lombar.

Segundo a clínica, acompanhar a localização e o momento em que os sintomas surgem ajuda muito na identificação da área comprimida.

Sinais de alerta, como perda súbita de força, dificuldade para caminhar ou perda de controle das funções urinárias e intestinais, exigem atendimento imediato.

Diagnóstico

O diagnóstico começa pela avaliação clínica e costuma ser confirmado por ressonância magnética, que diferencia com precisão ossos, nervos e discos.

Para pessoas que não podem realizar o exame, uma combinação de tomografia com mielografia pode ser usada. Testes como eletromiografia também ajudam a avaliar se há dano nervoso associado.

Tratamentos possíveis

O tratamento depende da gravidade dos sintomas e geralmente evolui por etapas. Grande parte dos pacientes melhora sem necessidade de cirurgia.

Abordagem inicial

Inclui medidas como:

  • Fisioterapia, essencial para fortalecer a musculatura e melhorar a postura;
  • Ajustes nas atividades diárias, evitando impacto e sobrecarga;
  • Analgésicos e anti-inflamatórios;
  • Corticoides orais, quando há inflamação importante.

Essas medidas são a primeira linha porque tratam a causa funcional e reduzem o impacto da compressão.

Quando os sintomas persistem, podem ser recomendadas injeções de corticoide guiadas por imagem, que aliviam a dor reduzindo a inflamação ao redor do nervo comprimido.

Cirurgia

A cirurgia é indicada em situações de dor intensa prolongada, falha dos tratamentos conservadores ou sinais neurológicos importantes. Hoje, a maior parte dos procedimentos é minimamente invasiva, o que reduz o tempo de recuperação.

As técnicas podem incluir ampliar o canal do nervo, remover fragmentos ósseos que comprimem a raiz nervosa ou descomprimir áreas específicas da vértebra.


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