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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
O número de casos de febre amarela cresceu mais de 400% em 2018 no Estado de São Paulo. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, de janeiro a agosto deste ano houve 537 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 185 deles evoluíram para óbitos. No ano passado, foram registrados 103 casos da doença em São Paulo e 47 óbitos.
Dos 537 casos, 28% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 8,9% em Atibaia. De acordo com a secretaria, essas duas cidades respondem por 37,2% dos casos de febre amarela silvestre no Estado e já têm ações de vacinação em curso desde 2017.
Segundo a Secretaria de Saúde, em todo o Estado, 14 milhões de pessoas ainda não foram imunizadas contra o vírus da febre amarela. Os dados de epizootias (morte ou adoecimento de macacos) evidenciam que o vírus continua circulando no território.
Para o infectologista Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doença da Secretaria Estadual de Saúde, com a chegada do verão o número de casos da doença vai aumentar em São Paulo.
"Febre amarela é uma doença de verão. O vírus continua entre nós, e a vacina é a única forma de combate à doença", explica Boulos.
O especialista faz um alerta para quem ainda não se vacinou procurar as unidades de saúde e estar protegido na chegada do verão, época de maior atividade dos mosquitos transmissores.
"As pessoas que forem às regiões de mata e parques devem estar vacinadas", lembra Boulos.
O Centro de Vigilância Epidemiológica informa que, somente em 2018, já foram vacinadas contra febre amarela mais de 8 milhões de pessoas. O número ultrapassa a marca da vacinação no decorrer de 2017, quando 7,4 milhões de doses foram aplicadas.