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Menopausa aumenta propensão a osteoporose e doenças cardiovasculares

Terapia hormonal é o meio mais eficaz de aliviar os sintomas


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Publicada em: 26/09/2018 10:03:32 - Atualizado


climatério é a fase da vida da mulher que determina a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo, caracterizada pelo declínio progressivo da função dos ovários, bem como a irregularidade menstrual, ou seja, o aumento do tempo entre as menstruações. Geralmente, essa fase inicia-se após os 40 anos. Já a menopausa é o nome que se dá à última menstruação e está relacionada às mudanças e adaptações ao corpo da mulher. Algumas mulheres, nesta fase, podem sentir sintomas como: ondas de calor, tonturas, palpitações, suores noturnos, distúrbios do sono, depressão, irritabilidade, diminuição da libido (desejo sexual), entre tantos outros.

De acordo com a endocrinologista da Endoclínica São Paulo, Dra. Tatiana Denck Gonçalves, “Há longo prazo, e com a falta de tratamento, pode haver maior propensão à osteoporose e às doenças cardiovasculares, pois um dos hormônios sexuais femininos, o estrogênio, protege o coração e os vasos sanguíneos das mulheres. Com a produção deste hormônio em queda, essa proteção natural diminui. Para este caso, pesquisas indicam que um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, exercícios regulares e evitar tabagismo, pode aliviar os sintomas do climatério bem como reduzir a incidência de doenças cardiovasculares", explica a médica.

As ondas de calor são os sintomas mais comuns no climatério e menopausa, afetando cerca de 60% a 80% das mulheres e, dependendo da intensidade, também afeta a qualidade de vida destas pacientes. Para mulheres com sintomas moderados e severos, a terapêutica hormonal (TH) deve ser considerada, pois é o tratamento mais efetivo para aliviar os sintomas vasomotores.

Já um sintoma que pode acometer de 20% a 45% das mulheres na pós-menopausa, é a atrofia vulvovaginal, caracterizada pelo afinamento e o ressecamento da mucosa que reveste a vagina, causando, em muitos casos, dor durante a relação sexual. Os sintomas associados a essa atrofia, são falta de lubrificação e dor durante a relação sexual. Neste caso, a TH pode garantir a satisfação sexual por melhorar a sensação de desconforto durante a relação sexual e a lubrificação vaginal pelo aumento do fluxo sanguíneo nos tecidos vaginais. A terapia hormonal é o tratamento de escolha tanto para atrofia vulvovaginal quanto para os sintomas de urgência urinaria, bexiga hiperativa e risco de infecção urinaria recorrente em mulheres com atrofia urogenital.

“A TH é eficaz na prevenção da perda óssea associada à menopausa e diminui a incidência de todas as fraturas relacionadas a osteoporose, incluindo fraturas vertebrais e de quadril. Sendo assim, a TH pode ser considerada uma das terapias de primeira linha para prevenir osteoporose em mulheres na pós-menopausa, com idade inferior a 60 anos, especialmente naquelas com sintomas menopausais”, orienta a especialista.

Sendo assim, a terapia hormonal pode melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres sintomáticas, mediante melhora dos sintomas de ondas de calor, desordens do sono, humor e função sexual. “O uso de TH é uma decisão tomada pelo médico juntamente com a paciente. Deve-se levar em consideração a qualidade de vida da paciente associada à presença de fatores de risco tais como idade maior de 60 anos, tempo de pós-menopausa, risco de tromboembolismo, doença cardiovascular e história de câncer de mama. Além disso, o momento do início da TH, a dose e a via de administração são fundamentais para essa decisão terapêutica”, finaliza Tatiana.


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