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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
SAÚDE - Gritos desesperados e choros inconsoláveis são alguns sintomas do terror noturno. Apontado como uma parassonia (transtornos comportamentais que ocorrem durante o sono), as crises são muito frequentes em crianças, principalmente entre os dois e cinco anos de idade.
Segundo a consultora do sono da Duoflex, Renata Federighi, o episódio acontece na primeira metade da noite, antes do sono REM, estágio em que elas sonham. “Durante as crises, a criança pode gritar, chorar, conversar, se debater, abrir os olhos e até sentar na cama, tudo isso sem despertar, e não terá consciência do acontecido no dia seguinte. O quadro é diferente dos pesadelos, onde a criança consegue acordar e se lembrar do que estava sonhando”, explica.
Em geral, o problema assusta mais os pais do que os próprios pequenos mas, normalmente, não precisa de tratamento. “As causas ainda não são conhecidas, mas podem estar relacionadas à um estímulo grande do sistema nervoso central durante o sono, que aconteceria porque as suas células ainda não estão maduras, por isso as crises tendem a desaparecer por completo conforme o crescimento da criança”, esclarece a especialista.
Os seguintes fatores também podem estar relacionados ao problema: privação de sono, extremo cansaço, estresse, febre, dormir em lugares que não são familiares, presença de luzes ou barulhos, histórico familiar de terror noturno ou sonambulismo, distúrbios respiratórios do sono (como a apneia obstrutiva do sono), síndrome das pernas inquietas, enxaqueca, traumas na cabeça e uso de certos medicamentos.
Durantes as crises, os pais podem tomar alguns cuidados para tentar acalmar os filhos. “Não é necessário acordar a criança durante o episódio, para evitar que ela se assuste ou fique muito confusa com o que está acontecendo. Os pais podem tentar se aproximar e afagá-la para que se acalme mais rápido”, orienta Renata.
Evitar que a criança fique muito estressada ou cansada demais, estabelecer uma rotina regular dos horários de dormir, adotar ambientes escuros e silenciosos, usar travesseiros adequados ao seu biótipo e postura, além de acordar e certificar que o pequeno está descansando o suficiente, são alguns cuidados que podem favorecer o sono e evitar o terror noturno. Se esses episódios forem recorrentes e não sumirem com o tempo, é importante que os pais procurem orientação médica.