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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
Fumar pode acelerar o processo de envelhecimento em até duas décadas, revela uma pesquisa inédita.
O corpo humano tem dois estágios diferentes – conhecidos por cronológico e biológico.
O último refere-se à idade que o corpo ‘pensa’ que tem – ao invés da idade real associada há quantos anos a pessoa nasceu.
E agora um estudo que analisou o sangue proveniente de 149 mil adultos concluiu que o organismo dos fumantes de meia idade tem em média 20 anos a mais ao serem comparados à sua idade cronológica, e em oposição aos indivíduos que não fumam.
Mais de sete em cada dez amostras provenientes de fumantes com menos de 30 anos foram categorizadas como estando biologicamente entre os 41 e os 50 anos.
Por outro lado, as idades da maioria dos não fumantes (62%) foram calculadas com exatidão.
A mesma tendência foi registrada em indivíduos entre os 31 e os 40 anos, em que as idades de quase metade (43%) dos fumantes recaíram entre os 41 e os 50 anos.
A autora do estudo, a professora Polina Mamoshina, disse em declarações ao "Mirror Online": “Comparativamente aos que não fumam, os fumantes apresentam um ritmo de envelhecimento mais acelerado até os 55 anos, independente do sexo”.
Curiosamente, essas diferenças tendem posteriormente a desaparecer – e até a reverter na maioria dos indivíduos mais idosos.
A cientista explicou: “No contexto da idade biológica, isso sugere que o tabaco como um fator externo de envelhecimento pode estar eventualmente disfarçado pela natureza fisiológica e intrinsecamente prejudicial do processo de envelhecimento”.
“Alternativamente, as pessoas mais afetadas pelo tabaco podem ter sofrido uma morte prematura e daí terem sido excluídas do grupo de fumantes mais velho”.
Os perigos do tabaco são amplamente conhecidos, aumentando o risco de incidência de uma série de doenças, incluindo câncer, patologias cardíacas, asma e diabetes.
Polina Mamoshina acrescentou que os resultados publicados no periódico Scientific Reports descrevem os perigos reais do tabaco.
Pesquisas prévias já demonstraram que a idade biológica é uma ferramenta mais útil e precisa do que a data de nascimento para se prever quando uma pessoa vai morrer.