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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
O Carnaval está chegando, tempo de muita azaração, festas, bailes e trios elétricos. Mas atenção, mulheres! Redobrem os cuidados nos dias de folia, principalmente em razão da vida sexual mais ativa e da necessidade, muitas vezes, de uso de banheiros públicos, além do calor típico desta época do ano. Tudo isso junto é uma bomba relógio. Como é quase impossível saber, com certeza, se o crush de carnaval pode te passar o vírus da AIDS ou outra Doença Sexualmente Transmissível (DST); ou se naquele dia “X” você pode engravidar, a ginecologista Juliana Pierobon, da Altacasa Clínica Médica, na capital paulista, enfatiza que a prevenção é essencial.
“A questão não é confiar ou não no parceiro ou parceira com quem está se relacionando. Se a pessoa – homem ou mulher – foi infectado antes desse encontro no Carnaval, você não tem como saber e talvez nem ele mesmo saiba que tem uma doença venérea. Então, não dá para abrir mão da prevenção.
Além disso, existe o risco de uma gravidez indesejada. Os métodos mais comuns de prevenção são a camisinha e as pílulas anticoncepcionais. Mas vale ressaltar que o anticoncepcional não previne as DSTs e deve ser sempre receitado por um ginecologista, porque o uso de medicação indevida pode provocar diversos efeitos colaterais, como dores de cabeça, náuseas, tonturas e até aumento ou redução de peso”, explica a especialista.
É possível optar também por diversos métodos na prevenção da gravidez indesejada e da infecção por DSTs: preservativo feminino, pílula do dia seguinte, Diafragma, Dispositivo Intra Uterino (DIU); Adesivo Transdérmico (adesivo fino colocado sobre a pele, que libera hormônios semelhantes aos produzidos pelo ovário); anticoncepcionais injetáveis hormonais; uso do anel vaginal (anel flexível e transparente que é introduzido no canal vaginal e fica localizado próximo ao colo do útero, liberando os hormônios); ou até realizar um Implante Subdérmico (pequenas cápsulas ou hastes plásticas do tamanho de um palito de fósforo que liberam hormônio semelhante à progesterona).
“O mais importante é buscar orientação médica para que seja utilizado o melhor método contraceptivo que se adeque ao organismo e à necessidade de cada mulher, sem esquecer da camisinha que previne as DSTs”, ressalta a ginecologista.
Evitando doenças em banheiros públicos
A médica alerta que outro grande problema em festas como o Carnaval são os banheiros. Seja banheiro químico ou aquele do bar mais próximo, nunca é seguro sentar no vaso sanitário público. “Recomendo evitar a todo custo tocar as superfícies do vaso sanitário. Nesta hora, é preciso exercitar o agachamento das coxas, pois há risco de contaminação pela água, urina ou fezes, que podem ocasionar micoses, doenças de pele ou infecção bacteriana”, explica.
Segundo a ginecologista da clínica Altacasa, o mais seguro é preparar um kit básico e levar na bolsa para evitar doenças e infecções. “Camisinhas, lenços de papel, lenços umedecidos e álcool em gel são essenciais para quem vai passar o dia inteiro fora de casa, na folia”, conclui.