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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
PORTO VELHO - RO - Para retirar pacientes do chão, corredores, garagem e de cadeiras do Pronto Socorro João Paulo II, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) licitou e contratou 60 leitos hospitalares divididos entre os hospitais particulares Prontocordis e Samaritano em Porto Velho, segundo anunciou neste sábado o secretário estadual de saúde, Fernando Máximo.
Ele explica que as transferências já começaram e até a segunda-feira (6), 30 pacientes serão removidos. “Nos próximos 20 dias, mais 30 pacientes sairão da área da garagem e terão um lugar mais humano para receber o tratamento necessário que eles merecem. É uma atitude de urgência e necessária que vai resolver parcialmente o problema desses pacientes”, detalhou.
Fernando Máximo esclareceu que as transferências irão continuar e na medida em que os pacientes forem recebendo alta dos hospitais, outros que estão em situação desumana no João Paulo também serão transferidos. “Essa é uma determinação do governador, Marcos Rocha, que esses pacientes sejam tirados dos locais que não são adequados para eles receberem o tratamento digno como paciente”, disse.
De acordo com a Sesau, cada paciente vai custar R$ 665 por dia para ficarem internados nos hospitais particulares com acesso a médico, enfermeiros, medicamentos e hotelaria. “Tudo foi feito com transparência. Abrimos a licitação e todos os hospitais puderam concorrer e esses dois atenderam as exigências do edital”, informou.
Esse primeiro passo que está sendo dado pelo Estado, não resolve o problema do João Paulo II, admite o secretário. “Vale salientar que atualmente temos 300 pacientes internados dentro João Paulo II e estamos oferecendo nesse momento esses leitos. É algo paliativo e que melhora a condição em que os pacientes estavam, mas a solução definitiva é a construção do novo pronto socorro, que é a nossa meta para resolver o problema de vez”, Fernando Máximo.
O diretor do João Paulo II, Carlos Eduardo, destaca a importância da parceria dos hospitais particulares para dar um melhor atendimento aos pacientes que se encontram em situação de vulnerabilidade. “Nós sabemos que o maior problema hoje é a superlotação e estrutura física do hospital que já existe há mais de 30 anos. Essa transferência de pacientes para os hospitais particulares é muito importante porque eles precisam de um local apropriado para receber o tratamento de acordo com seu estado de saúde, e enquanto não tem condições de ter essa estrutura, o Estado tem viabilizado leitos em hospitais particulares para que a gente possa dar vazão a esses pacientes”, destacou o diretor.
Para fazer a transferência dos 60 pacientes, a secretária criou um grupo chamado S.O.S João Paulo II, com uma equipe de 25 profissionais entre médios, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e psicólogos.