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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
PORTO VELHO RO - Para dar um tratamento humanizado, de forma digna, e tirar os pacientes do João Paulo II, que estavam acomodados de forma improvisada, do chão, o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), iniciou a transferência destes pacientes para leitos em hospitais particulares.
Tendo em vista a situação de superlotação do Hospital João Paulo II, que aflige nossa população há muitos anos, um edital de credenciamento de leitos em hospitais da rede privada para retaguarda do velha e sofrida unidade hospitalar foi lançado. Dois hospitais particulares da capital, Prontocordis e Samaritano, aceitaram e preencheram os requisitos exigidos para dar mais conforto e melhor tratamento aos pacientes.
De acordo com secretário da Sesau, Fernando Máximo, que acompanhou neste sábado (4) a transferência de pacientes, 30 leitos foram oferecidos de imediato e mais 30 leitos em no máximo 20 dias. Os pacientes começaram a ser removidos na noite desta sexta-feira (3). Uma determinação do governador Marcos Rocha para que os pacientes recebam um atendimento em condições dignas.
“Não é a resolução definitiva para a situação e não resolve o problema que assola nossa população e sobrecarrega o João Paulo II há mais de duas décadas. Mas são 60 pacientes que sairão do chão, das internações em cadeiras, do sol e da chuva para um lugar mais confortável, mais digno e com tratamento mais humanizado. São 60 famílias que têm seus sofrimentos amenizados”, afirma Máximo.
Com as novas acomodações, famílias e pacientes ficaram aliviados por ter um local apropriado para internação. Como é o caso de Eraldo dos Santos que mora em Guajará e está acompanhando seu pai que, a princípio, teve um acidente vascular cerebral (AVC) e estava no João Paulo II há mais 20 dias, em leito improvisado no corredor.
Quando ele recebeu a notícia de que iria ser transferido para o Hospital Prontocordis, nem acreditou. “Eu estava tentando arrumar um local para me deitar, quando uma moça chegou dizendo que meu pai iria ser transferido para cá, uma benção, quando eu vi essa enfermaria, fiquei aliviado, senti muita diferença”.
“Mas não posso reclamar do atendimento no João Paulo II. Meu pai foi muito bem atendido. Os funcionários sempre atenciosos, medicação, alimentação, tudo muito bom”, elogiou Eraldo reconhecendo o esforço da equipe em melhor atender.
Um grupo chamado S.O.S João Paulo II, composto por uma equipe de 25 profissionais, foi montado para que a transferência dos pacientes seja feita de forma segura. Compõem a equipe médios, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e psicólogos.
Enquanto isso, segue a todo vapor, o projeto para construção do Novo João Paulo II, que é meta do governador coronel Marcos Rocha e da Secretaria de Saúde.