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porto velho, quinta-feira 28 de novembro de 2024
A Rússia anunciou, nesta terça-feira (27), que pediu aprovação do uso emergencial de uma de suas vacinas candidatas contra a Covid-19, a Sputnik V, à Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade divulgou critérios para avaliar candidatas para potencial uso de emergência no fim de setembro.
O fundo estatal russo que coordena a produção da vacina apresentou pedidos para registro acelerado na Lista de Uso de Emergência (EUL, na sigla em inglês) e pré-qualificação do imunizante.
O diretor do fundo, Kirill Dmitriev, comentou o pedido, afirmando que ele "permitirá que a Sputnik V seja incluída na lista de produtos médicos que atendem aos principais padrões de qualidade, segurança e eficácia".
A candidata russa tem previsão de ser produzida e testada em fase 3 no Brasil, em uma parceria firmada com o estado do Paraná.
A Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, em Moscou, foi a primeira vacina registrada contra a Covid-19 do mundo. Há cerca de duas semanas, a Rússia anunciou um segundo registro, da EpiVacCorona, desenvolvida pelo Instituto Vector, na Sibéria.
A primeira candidata russa, a Sputnik V, é baseada em uma plataforma (processo de manufatura) de vetor viral, em que um vírus modificado (no caso da vacina russa, dois tipos de adenovírus) é usado para introduzir parte do material genético do coronavírus no organismo e induzir a produção de anticorpos pelo corpo.
A plataforma de vetor viral também é usada na vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, atualmente em testes de fase 3 em vários países, inclusive no Brasil.