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porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024
BRASIL - O governo estadual, recebeu, na manhã desta quinta-feira (24), véspera de Natal, um carregamento que totaliza 5,5 milhões de doses da CoronaVac. De acordo com o Executivo, é a maior remessa do imunizante desembarcada no Brasil. A vacina contra o novo coronavírus, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, concluiu a fase 3 de testes e ainda precisa de aprovação Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As doses chegaram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), por volta de 5h30 em um voo da China que fez escala na Suíça, e em seguida foram descarregadas no terminal de cargas. O desembarque contou com a presença do secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, e do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. O material deixou o terminal com destino a São Paulo às 7h30.
Ainda segundo o estado, o novo carregamento é formado por 2,1 milhões de doses já prontas para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses. Até o final do ano, a previsão é que São Paulo receba mais 400 mil no dia 28 e 1,6 milhão no dia 30. A carga que chegou hoje ao Brasil faz parte do 4º lote da vacina, o terceiro de material pronto . Todas as outras remessas desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
O terceiro lote chegou na última sexta-feira (18) com 2 milhões de doses. Em novembro, desembarcaram as primeiras vacinas prontas e, no começo do mês, o governo paulista recebeu 600 litros de matéria-prima para produzir até 1 milhão de doses do imunizante.
A programação do governador João Doria (PSDB) é para que até o dia 31 de dezembro tenham 10,8 milhões de doses do CoronaVac em solo brasileiro.
Novo adiamento
O governo de São Paulo afirmou na quarta-feira (23) que a CoronaVac adiou, novamente, a divulgação dos resultados detalhados dos testes da vacina. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou apenas que, além de comprovar a segurança, o que já havia sido demonstrado nas fases anteriores, o estudo de fase 3 mostrou que ela é eficaz.
"Recebemos também os dados de eficácia. Nós atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicitação de uso emergencial, seja aqui no Brasil, seja na China", disse. Segundo Covas, a divulgação dos dados foi adiada devido a uma cláusula existente no contrato assinado entre a Sinovac e o governo de São Paulo.
O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, informou que, apesar do atraso, a vacinação no estado terá início no dia 25 de janeiro. O começo da campanha estadual, no entanto, depende da aprovação da vacina pela agência regulatória. O pedido de registro do imunizante, segundo o governo, só será feito após o fim de todos os "trâmites burocráticos" e da análise dos estudos.
Histórico
A CoronaVac está na terceira fase de testes, estágio em que a eficácia precisa ser comprovada antes da liberação. Para que a vacina comece a ser distribuída, é necessário que o Instituto Butantan envie o relatório à Anvisa e que o órgão aprove o uso do imunizante.
Se aprovada, a CoronaVac pode se tornar a primeira vacina contra o novo coronavírus disponível no Brasil. O acordo entre o laboratório chinês e o Instituto Butantan foi anunciado pelo governo de São Paulo em junho e prevê, além do envio de doses prontas, os insumos e tecnologia para que a vacina possa ser produzida e comercializada.