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porto velho, sábado 30 de novembro de 2024
É possível tornar os bares seguros em uma pandemia? Um experimento realizado na Escócia no último verão não deu certo, de acordo com uma nova pesquisa publicada na segunda-feira (15) no Journal of Studies on Alcohol and Drugs (Jornal de Estudos Sobe Álcool e Drogas, em tradução livre).
Apesar das orientações do governo e dos esforços por parte dos proprietários de bares para implementar medidas de segurança, os clientes e funcionários também não cumpriram às medidas mais simples destinadas para prevenir a propagação - especialmente quando os clientes estavam intoxicados, descobriram os pesquisadores.
Com alguns restaurantes e bares em ambientes fechados, em lugares como Nova York e Portland retornando aos serviços, muitos proprietários de negócios dos EUA estão trabalhando para tornar a experiência o mais segura possível - algo que os pesquisadores escoceses descobriram que pode não ser tão fácil.
Após lockdown no Reino Unido, os bares na Escócia foram autorizados a reabrir em julho sob novas diretrizes, incluindo manter grupos de clientes a pelo menos um metro de distância, separados, mantendo todos os sentados e exigindo que a equipe usasse máscaras e coberturas no rosto.
Niamh Fitzgerald, professora da Universidade de Stirling, na Escócia, e colegas visitaram 29 bares para observar como essas medidas de segurança funcionavam na prática.
"Tratava-se essencialmente de compreender quais são os riscos e qual o grau de sucesso dos nossos bares e pubs no controle desses riscos" disse Fitzgerald.
A equipe descobriu que os funcionários não usavam coberturas faciais de maneira consistente, alguns baixando as máscaras para falar com os clientes - talvez frustrando o propósito.
Embora a maioria das instalações tenha conseguido reestruturar seu layout para acomodar uma distância de um metro entre as mesas, muitas ainda tinham problemas com superlotação.
"Foi muito difícil para eles eliminar completamente o que chamamos de 'pontos de aperto', então, havia áreas estreitas na maioria dos locais. Tanto nas entradas quanto nos corredores ou nos banheiros, onde era difícil para os clientes evitarem a passagem juntos", disse Fitzgerald.
Uma instalação cobriu o balcão do bar com fita preta e amarela e um aviso para manter distância, mas os clientes ainda se aglomeravam ao redor do balcão.