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porto velho, sábado 30 de novembro de 2024
BRASIL: O Instituto Butantan entrega nesta terça-feira (23) 1,2 milhão de doses da vacina CoronaVac para o governo federal. O montante faz parte das 3,4 milhões que serão distribuídas ao Ministério da Saúde nos próximos dias.
A expectativa inicial era a de fazer oito remessas diárias de 426 mil. Entretanto, segundo Dimas Covas, diretor do Instituto, a capacidade foi ampliada e já nesta terça serão entregues 1,2 milhão de doses.
"Hoje é um dia importante para a história do Butantan. Mais um dia de luta, mais um dia de se entregar vacinas. Vamos entregar 1,2 milhão de vacinas ao nosso Ministério da Saúde. E não vamos parar, vamos continuar entregando", afirmou Dimas Covas. Nesta terça, o instituto completa 120 anos.
Ainda de acordo com o diretor, até o início do próximo mês o instituto deve receber um novo lote de insumo da vacina.
"8,2 mil litros de insumo da vacina devem chegar até o dia 2 de março. Ao menos três milhões de doses poderão ser produzidos a partir do insumo", disse Dimas Covas em entrevista ao Bom Dia SP nesta terça (23).
Os lotes fazem parte dos acordos firmados entre o Instituto e o governo federal para a entrega da vacina feita pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan.
Na semana passada, o Ministério da Saúde assinou contrato com o Instituto Butantan para o fornecimento de 54 milhões de doses da vacina Coronavac. O montante se soma às 46 milhões já adquiridas, totalizando 100 milhões de doses da CoronaVac a serem entregues até setembro.
Além desses 100 milhões, na última sexta (19), o Ministério da Saúde enviou ao Butantan um ofício para adquirir mais 30 milhões de doses da CoronaVac. A solicitação é analisada pelo Instituto.
Segundo o Ministério da Saúde, o Butantan deve entregar 52 milhões de doses da CoronaVac para o governo federal até o final de abril. Antes, a previsão do governo federal era receber 46 milhões de doses até esta data.
Em coletiva de imprensa na última terça-feira (16) o diretor do Butantan também afirmou que pretende aumentar a capacidade de envase para antecipar a entrega de todas as 100 milhões de doses até agosto.
"Com relação ao contrato adicional de 54 milhões de doses assinado com o Ministério da Saúde, no programa contratado a última entrega seria em setembro. Nós vamos fazer todo o esforço para adiantar a produção e essa entrega e esperamos que, no máximo em agosto, tenhamos a entrega total de 100 milhões de doses", disse Dimas Covas.
Ainda de acordo com o diretor, o Butantan dobrou o número de funcionários que trabalham diariamente no envase da vacina de 150 para 300.
Dimas Covas também prevê que a capacidade de envase do Butantan pode dobrar a partir de abril, de até um milhão de doses por dia para dois milhões por dia.
O aumento será possível quando uma fábrica que atualmente está sendo usada para a produção da vacina contra a gripe será destinada para a CoronaVac.
A vacinação no país deve seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI), que define quais pessoas devem ser vacinadas primeiro.
No entanto, ainda não há doses suficientes no país para imunizar todas as 77 milhões de pessoas que fazem parte dos grupos considerados prioritários pelo Ministério da Saúde.
Os estados e municípios têm autonomia para definir seus calendários de vacinação, e várias cidades no país estão vacinando profissionais da saúde que não estão na linha de frente do combate à Covid-19, como biólogos, terapeutas e psicólogos.
Em São Paulo, 21 das 39 cidades da Região Metropolitana escolheram vacinar profissionais como veterinários, educadores físicos e nutricionistas de todas as idades antes de ampliar a vacinação para os idosos. Na capital, esses profissionais só podem ser vacinados a partir dos 60 anos.
A escassez da vacina fez com que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinasse no dia 8 de fevereiro que governo defina uma ordem de preferência, entre os grupos prioritários, para orientar a vacinação contra a Covid-19.
Segundo Lewandowski, não está claro qual desses grupos deveria ser atendido primeiro. A ideia é que o governo organize essas populações em uma lista de preferência, utilizando como critério o grau de risco da Covid-19 a cada grupo.
Pelo país, várias prefeituras já começaram a suspender a vacinação por falta de imunizantes.