Fundado em 11/10/2001
porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
TECNOLOGIA - A internet se tornou uma das principais 'brincadeiras' de crianças e adolescentes, mas a verdade é que muitas dessa 'brincadeiras' e desafios representam riscos à saúde e, em alguns casos, podem até matar. Uma determinação do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro tenta fazer com que vídeos com conteúdos impróprios sejam retirados rapidamente do ar.
A Procuradoria fluminense instaurou um procedimento administrativo para cobrar da Google um controle mais efetivo dos vídeos indexados nas buscas e postados no YouTube, site controlado pela gigante da internet. Em entrevista ao Correio Braziliense, Ana Padilha, procuradora regional dos Direitos do Cidadão no MPF-RJ e responsável pela iniciativa, explica que a empresa será chamada para explicar por que, depois de serem postados, vídeos perigosos ficam tanto tempo disponíveis na rede.
Ana Padilha explicou ainda que, no primeiro momento, o Ministério Público elaborou uma notícia de fato, que consiste em um convite à empresa para debater o tema com a Procuradoria. A Google deve ser notificada nos próximos dias. Desse encontro pode resultar algum acordo ou, caso o MP sinta que haja necessidade, a instauração de um inquérito civil, que, por sua vez, pode gerar uma denúncia.
"Como o controle sobre esses vídeos é posterior (a plataforma não pode impedir a publicação), a conversa é sobre que medidas podem ser adotadas para que eles fiquem o mínimo de tempo possível no ar", explica a procuradora regional.